O Brasil é líder mundial na utilização de tecnologia agrícola, mas ela não chega às classes produtoras de menor renda. Há uma enorme carência de profissionais especializados para disseminar todo o conhecimento que o Brasil adquiriu com pesquisa e tecnologia.
O baixo acesso a assistência técnica e extensão rural é um dos principais fatores de baixa disseminação de tecnologia no campo. A extinção da Embrater, a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural, em 1990, concentrou o conhecimento entre os grandes produtores rurais e deixou órfãos os médios e pequenos, que não conseguiram acompanhar todos os avanços proporcionados pela pesquisa e a tecnologia.
De acordo com último censo agropecuário do IBGE, de 2006, estas ações, no setor rural são ainda muito baixas.
Situação das propriedades rurais brasileiras em relação ao recebimento de Assistência Técnica e Extensão Rural
Quantidade | % | |
Não receberam | 4.030.473 | 77,88 |
Receberam Regularmente | 482.452 | 9,32 |
Receberam Ocasionalmente | 662.564 | 12,8 |
Total de Estabelecimentos | 5.175.489 | 100 |
Fonte: Censo Agropecuário 2006 (IBGE)
Ainda de acordo com o IBGE, a população economicamente ativa no meio rural é de 36 milhões de pessoas, 19% da total brasileira. Destes, 6,4% possuem ensino médio completo e somente 1% tem curso superior, o que comprova a necessidade da ampliação do acesso dos brasileiros do meio rural ao conhecimento.
Com a enorme capilaridade que tem e por acreditar que pode contribuir ainda mais com a multiplicação do conhecimento, o SENAR criou a Metodologia de Assistência Técnica e Gerencial com Meritocracia para auxiliar, principalmente, os produtores rurais das classes C, D e E que não têm acesso à extensão rural e às novas tecnologias.
A produção assistida do SENAR é realizada com grupos de produtores selecionados e desenvolvida por metas. A remuneração da equipe técnica segue critérios de meritocracia, ou seja, depende do cumprimento das metas de assistência técnica pactuadas, que devem abranger o aumento da produtividade e renda nas propriedades.
A Metodologia de Assistência Técnica e Gerencial está fundamentada em cinco etapas, que envolvem todo o processo a ser aplicado no desenvolvimento da propriedade rural atendida, conforme esquema abaixo:
1° DIAGNÓSTICO PRODUTIVO INDIVIDUALIZADO
Quando são levantadas informações produtivas, ambientais, sociais e econômicas necessárias para estabelecer metas e um cronograma de ações eficazes.
2° PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Importante etapa de pactuação dos objetivos que ocorre entre o produtor rural e seu técnico de campo, sempre com o acompanhamento de um supervisor.
3ª ADEQUAÇÃO TECNOLÓGICA
É quando são feitas as recomendações pela equipe técnica que geram impacto direto em todo o sistema de produção.
4ª CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL COMPLEMENTAR
Utilizando a experiência do SENAR, os cursos de curta e média duração, complementam os conhecimentos trazidos pelo técnico de campo e auxiliam nas decisões tomadas pelo produtor rural.
5ª AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DE RESULTADOS
Conjunto de ferramentas operacionais e tecnológicas, desenvolvidas pelo SENAR que apontam para o alcance do resultado ou sinalizam a necessidade de ajustes no planejamento da propriedade.
Metas específicas:
› Produtor
- Capacitar para o empreendedorismo e a gestão do negócio
- Elevar a renda e a produtividade buscando eficiência e eficácia
- Aumentar a rentabilidade
- Estabelecer o perfil tecnológico, social e econômico
- Elaborar o planejamento estratégico da propriedade
› Técnico
- Propiciar acesso ao mercado de trabalho
- Desenvolver a formação continuada
- Remunerar por mérito (renda fixa + variável)
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