FAEA e SENAR concluem distribuição de 4.000 cestas do Agro Fraterno no Amazonas

FAEA e SENAR concluem distribuição de 4.000 mil cestas do Agro Fraterno no Amazonas

Em ação realizada na sexta-feira (16/07), na comunidade rural de São Francisco de Caramuri, Zona Rural de Manaus e que faz divisa com os municípios de Rio Preto da Eva e Itacoatiara, a equipe do Sistema Faea Senar Fundepec/AM doou 300 cestas alimentícias para famílias de cinco comunidades e concluiu com chave de ouro as ações do Programa Agro Fraterno, totalizando 4.000 cestas alimentícias entregues para famílias de produtores rurais impactados pela cheia histórica dos rios Negro e Solimões.

O evento de encerramento reuniu moradores das Comunidades São Francisco do Caramuri, Santa Luzia do Tiririca, Nova Esperança, Nova Vida e Monte Sinai, numa ação coordenada em parceria com a Secretaria do Estado de Produção Rural (Sepror), por meio do Fundo de Promoção Social (FPS), e que contou com a presença de representantes da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (SEMACC).

O Agro Fraterno é um movimento nacional liderado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as entidades do Instituto Pensar Agro (IPA). No Amazonas, o programa tem a assinatura da Federação de Agricultura e Pecuária (FAEA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-AR/AM), com o apoio do Sistema Sepror.

Muni Lourenço, presidente da FAEA, avalia que o programa foi essencial para amenizar a situação de famílias que enfrentam dificuldades diante dos desafios impostos pela pandemia e pela enchente na região. “O agronegócio mostra mais uma vez sua força e seu compromisso com o produtor rural. Sabemos que não resolve todo o problema, mas é um gesto de cuidado. Estamos muito felizes de levar nosso apoio e solidariedade em forma de alimento para essas quatro mil famílias”.

Segundo a superintendente do Senar-AR/AM, Jeyn’s Alves, que esteve à frente da execução do programa, implementar o Agro Fraterno foi um desafio grande, principalmente pelas questões de logística do Estado. Ela avalia que o trabalho em parceria com o Sistema Sepror foi essencial para o sucesso da iniciativa. “Nós só conseguimos esse importante feito com o apoio parceiros e quero registrar o agradecimento à equipe da Sepror e da FPS que fez esse movimento acontecer. Somamos a nossa expertise com a de outras entidades e conseguimos levar esperança à população do campo, olhar nos olhos das pessoas e perceber a esperança retornando”, relata.

Outro desafio citado pela superintendente foi conciliar a intensa agenda de atividades de rotina da entidade com um projeto diferenciado como o Agro Fraterno. “Envolvemos toda a nossa equipe e intensificamos as entregas semanais para concluir as doações das 4.000 mil cestas de alimentos no menor tempo possível, até porque a fome não espera, e essa era a nossa urgência”, descreve.

Luís Otávio, representante da Sepror, avaliou como positivo o trabalho integrado no Agro Fraterno. “Conseguimos chegar aos moradores ribeirinhos que estão passando por um problema de insegurança alimentar, não só por causa da pandemia, mas também pela cheia histórica dos rios. A gente vê que as cestas chegaram em boa hora para as pessoas que estão realmente necessitando desse apoio”.

Um apoio essencial para as milhares de famílias que vivem em áreas rurais e ribeirinhas, cuja base econômica é a agricultura de subsistência. Eduardo Martins dos Santos, 41 anos, que reside na comunidade Santa Luzia do Tiririca, é um dos produtores que estão passando por um momento difícil. Ao receber a doação, não escondeu a alegria. “É muito valioso para nós essa cesta básica, devido a necessidade que nós estamos passando pela pandemia e enchente. De coração a gente agradece à FAEA e a todos os envolvidos. Isso vai beneficiar oito pessoas na minha casa”, disse.

A agricultora Marinilce Lucas de Almeida, da comunidade Nova Vida, conta que perdeu tudo que plantava na várzea. “Estamos começando uma nova vida aqui, minha família e eu estamos sendo muito abençoados. Estou feliz com essa ajuda das cestas básicas, porque tem muita gente sem trabalho e o pouco que ganha dá somente para o dia a dia.”

Daniel Neto da Silva, presidente da Associação Agrícola Comunitária São Francisco do Caramuri, descreve o dia de hoje como marcante também para a região, por estarem recebendo apoio das entidades do agronegócio no Amazonas. “As comunidades beneficiadas pelo Agro Fraterno são todas comunidades agrícolas que também tiram o seu sustento da pesca artesanal, do turismo de base comunitária, mas vivemos um momento não só de cheia mas também de recessão econômica causada pela pandemia. As cestas vão suprir as necessidades básicas e garantir a segurança alimentar para centenas de famílias na região do baixo Rio Preto”, comemora.

Entrega das cestas

Depois de participarem de ato simbólico de entrega das doações aos líderes comunitários no centro social da comunidade do São Francisco do Caramuri, os moradores se dirigiram até o caminhão de cestas alimentícias que estava ancorado na bolsa da comunidade.

De lá, os comunitários receberam ajuda e partiram, satisfeitos, em canoas e lanchas com a refeição garantida para suprir a necessidade de suas famílias.

Paulo Antonio, 44 anos, morador da comunidade Santa Luzia do Tiririca, renovou a esperança de superação ante o período de dificuldade e ficou feliz de levar para casa os alimentos para a esposa e seus quatro filhos. “É muito bom ter pessoas que podemos contar nesse momento de solidariedade. Atualmente eu vivo da agricultura, da pesca e tenho alguns gados, só que com essa cheia eu perdi tudo e o prejuízo foi grande. Mas com essa ajuda aqui, então, vamos vencer.

Ivanete da Silva Duarte, 54 anos, que mora na comunidade Santa Luzia do Tiririca, garantiu alimento para as dez pessoas de sua casa.

Para Joelma dos Santos Braga, 28 anos, da comunidade São Francisco do Caramuri, o alimento “chegou na hora certa, vai alimentar meus quatro filhos e hoje estou muito feliz por ganhar essa cesta”, comemora.

Balanço

Em 45 dias, de 02 de junho a 16 de julho, foram realizadas 13 visitas a nove municípios, sendo eles Iranduba, Autazes, Careiro, Codajás, Manacapuru, Itacoatiara, Manaus, Borba e Rio Preto da Eva. O Programa Agro Fraterno mobilizou toda a equipe do Sistema Faea Senar Fundepec/AM e dezoito colaboradores se revezaram diretamente nas distribuições.

Dias 02/06, 07/07, 08/07 e 14/07 - Iranduba - 618 cestas distribuídas para 3 comunidades: Ilha da Marchetaria, Comunidades 7 de Setembro e Catalão

11/06 - Autazes - 1.520 cestas de alimentos beneficiando 1.520 produtores e as entregas ocorreram nas sedes da Associação Comunitária Agrícola de Terra Prometida (Acatep), Cooperativa dos Produtores da Região do Lago do Sampaio (Cooperasa), Cooperativa de Leite em Autazes (Cooplam) e Cooperativa de Produtores da Agricultura Familiar do Jatuá (Coopafja).

17/06 - Manacapuru - 532 cestas de alimentos foram atendidas doze comunidades, sendo elas: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nova Jerusalém, Nossa Senhora da Conceição, Fé em Deus, Pentecostal, São Francisco de Assis I, São Francisco de Assis II, Cristo Rei, São Francisco Canindé, Apóstolo Paulo, Betânia e Nova Canaã.

22/06 - Careiro da Várzea - 150 cestas distribuídas para a comunidade Peniel do Areal.

29/06 - Codajás - 100 cestas

30/06 - Itacoatiara - 450 cestas entregues em onze comunidades: Nova Jerusalém, Costa do Quelé, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora da Conceição, Lago do Moura, Arari, Comunidade Açacu, Comunidade da Rondom, Comunidade da Sudam, Associação Mães dos Autistas e Ilha do Risco.

09/07 - Manaus - 250 cestas distribuídas nas localidades do Puraquequara e Associação de Moradores da Comunidade do Tarumã

13/07 - Borba - 100 cestas e beneficiou três comunidades: São José, Canaã e Puruzinho.

16/07 - Rio Preto da Eva/ Com. Caramuri - 300 cestas


Textos: ASCOM Sistema Faea Senar Fundepec/AM

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Fotos: William Rezende


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