Foi realizado em agosto, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), um treinamento de quatro dias para técnicos da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) sobre as condições necessárias para que o Amazonas seja considerado um Estado livre de Febre Aftosa, reconhecimento que deve ser efetivado ainda em novembro deste ano.
Intitulado “Treinamento sobre o Plano de Ação para atendimento às recomendações da auditoria do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (DSA/MAPA”), o evento tem duração de quatro dias com o objetivo de preparar os técnicos para a inspeção que será realizada em novembro e da qual depende o reconhecimento do Amazonas como Estado livre da febre aftosa.
Ser reconhecido como uma unidade da federação que erradicou a doença em seu rebanho traz inúmeros benefícios para os pecuaristas. Afinal, o principal efeito da doença é comercial. Devido ao seu alto poder de difusão, os países impõem barreiras comerciais às regiões onde há a ocorrência de aftosa, causando sérios prejuízos econômicos e sociais.
Durante a abertura do treinamento, o presidente da FAEA, Muni Lourenço, conclamou a todos para que coloquem um fôlego a mais nesses meses que faltam para a auditoria do Ministério da Agricultura. “Não podemos mais esperar para amanhã, temos que fazer hoje. Estamos aqui engajados nesse esforço e sei que todos também estão engajados. Então, peço encarecidamente para que esses itens pedidos pelo Governo Federal sejam todos cumpridos”, solicitou.
Muni Lourenço também informou as ações que o setor privado tem realizado no intuito de alcançar o objetivo. “Criamos o Fundo Emergencial Privado, o Fundepec, concordamos em pagar a taxa de trânsito animal. Vamos transferir a venda das vacinas para as redes de casas agropecuárias”, informou.
Representante do Ministério da Agricultura, Denise Euclydes Mariano falou da importância de conseguir erradicar a febre aftosa dos únicos três Estados brasileiros que ainda não alcançaram esta meta: Roraima, Amapá e Amazonas. “Estamos concluindo um ciclo que não é só do País. É um ciclo mundial. Hoje, nas Américas, só Brasil e Venezuela não são livres de febre aftosa”, declarou.
Denise Mariano também fez questão de ressaltar a importância dos técnicos da Adaf no processo. “Vocês são a célula mais importante. Do êxito do trabalho de vocês, depende o êxito do Estado e do País”, afirmou, alertando que, mesmo que o Amazonas seja declarado livre de febre aftosa, o trabalho está apenas começando. “Chegar a ser zona livre dá um trabalho danado, mas se manter livre é muito mais difícil”.