De 7 a 14 de julho, a Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA) realizou a distribuição de alimentos para mais 779 famílias de agricultores, seguindo o calendário do Agro Fraterno. Neste período, foram beneficiadas oito comunidades em três municípios, sendo elas: Ilha da Marchetaria, Comunidades 7 de Setembro e Catalão - em Iranduba; Puraquequara e Associação de Moradores da Comunidade do Tarumã - em Manaus; e comunidades São José, Canaã e Puruzinho, em Borba.
“Em cada localidade que passa, o Agro Fraterno é recebido com alegria. É possível ver os olhares e gestos de gratidão dos moradores. Uma cesta que traz uma conexão entre milhares de famílias, de quem produz alimento e de quem consome. Esse é o movimento do agronegócio”, comenta Jeyn’s Alves, superintendente do Senar-AR/AM.
No acumulado geral do programa no Amazonas, mais de 3.550 cestas alimentícias foram entregues em sete municípios para produtores rurais que sofreram pelos impactos da cheia histórica e que estão sendo alcançados pela campanha de solidariedade do setor agro.
Cestas alimentícias transportadas de lancha até as comunidades de Iranduba
Distribuição na comunidade Catalão, dia 14/07, em Iranduba
A próxima e última ação vai alcançar Rio Preto da Eva, no dia 16 de julho, quando deve ser batida a meta de entregar 4.000 mil cestas pelo Sistema Faea Senar Fundepec/AM.
Mobilização do Programa Agro Fraterno
Desde que começou a ser executado no Amazonas, em 02 de junho, o Agro Fraterno, está causando um impacto positivo e provendo uma importante ajuda para as famílias que enfrentam situação de vulnerabilidade, sem conseguir manter comida na mesa.
E o programa está gerando também um movimento na FAEA e Senar-AR/AM, com a mobilização e envolvimento dos colaboradores, que se revezam para acompanhar as ações solidárias da instituição. E alguns deles compartilharam suas perspectivas sobre a experiência nessa campanha.
Na opinião de Juan Guzman, assessor especial do Senar Amazonas, o Agro Fraterno trouxe um pouco esperança e ajuda para os produtores rurais ribeirinhos que sofrem com a maior enchente já registrada na história. Ele tem acompanhado muitas das doações e relata que tem percebido de outra maneira os desafios dos agricultores e comunidades: “a logística de chegar nos locais por estradas alagadas e convertidas em rios, os rios engolindo tudo ao seu redor, a dificuldade de locomoção, de assistência de toda natureza pela que passam é de partir o coração de qualquer pessoa”, descreve.
Por um lado, as famílias que vivem nos municípios do interior estão cercados pelas belezas naturais e pela grandiosidade dos rios; por outro, estão vulneráveis, ainda mais nos períodos de cheia quando ficam isolados e sem acesso aos serviços básicos.
“Certamente ouvir ler ou escutar sobre isso tudo, não é nada comparado a vivenciar pessoalmente "in loco". Uma pequena ação de solidariedade traz esperança e um sorriso no rosto de quem passa por esta situação. Pode não ser muito, mas só o fato de irmos até onde eles se encontram e levar um gesto de esperança, faz muita diferença. Isto é Agro Fraterno!”
Marcos Pinheiro, assessor especial da FAEA e gerente executivo do Fundepec-AM, comentou sobre o impacto da iniciativa para quem enfrenta perdas de produção e da fonte de subsistência com a agricultura familiar. "Ver a alegria das pessoas ao receber a cesta é gratificante. É um momento único para eles, de compensação e a certeza de que naquele dia vai ter alimento. A população não está conseguindo produzir seu sustento porque está tudo embaixo d'água, somente daqui a dois ou três meses. E a fome não espera. Então o programa tem sido muito importante", declara.
Para Leandra Souza, secretária da FAEA, a experiência de ter participado da entrega de cestas para os produtores rurais foi de satisfação em ver no rosto dessas pessoas, alegria. “Todos eles ficaram satisfeitos e agradecidos por essa iniciativa. Eu pude perceber que o nosso sistema faz juz a missão de defender o interesse dos produtores rurais”, comenta.
Cobertura das ações do Agro Fraterno