Nesta quarta-feira (10), em reunião virtual com governadores e secretários de Agricultura dos estados, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, anunciou que o relatório técnico que reconhece a região Sul do Amazonas como área de livre aftosa sem vacinação recebeu parecer favorável da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
Além do sul do Amazonas, receberam parecer favorável, os estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e noroeste do Mato Grosso. O parecer será avaliado durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, que ocorrerá entre 22 e 28 de maio, no formato virtual. “A fase mais difícil nós vencemos. Estamos praticamente aprovados. Quero cumprimentar todos vocês pelo esforço", declarou a ministra, na ocasião.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, que foi um dos participantes da reunião, destacou a dedicação do Amazonas para que os 13 municípios do sul do estado mantenham o status sanitário de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, reconhecido pelo Mapa em agosto de 2020.
Lima ressaltou ainda os efeitos positivos que as ações já trouxeram para o Amazonas. “Nosso rebanho naquela região aumentou 10%, o que nos impõe uma responsabilidade de provar para o mundo que é possível desenvolver atividade pecuária preservando o meio ambiente e usando a tecnologia”, afirmou.
Para o presidente da FAEA, Muni Lourenço, este reconhecimento representa significativa valorização para a cadeia produtiva. “A FAEA atuou intensamente ao longo de vários anos para a obtenção desse status sanitário que, certamente representará a valorização para esta cadeia produtiva tão importante para o nosso Estado”, ressaltou.
Caminho para o reconhecimento
Em agosto de 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Instrução Normativa nº 52, reconhecendo os seis estados como livres de febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento nacional pelo Mapa é um dos passos para alcançar o reconhecimento internacional junto à OIE.
Para realizar a transição de status sanitário, os estados e regiões atenderam requisitos básicos, como aprimoramento dos serviços veterinários oficiais e implantação de programa estruturado para manter a condição de livre da doença, entre outros, alinhados com as diretrizes do Código Terrestre da OIE.
O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação está previsto no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). Atualmente, apenas Santa Catarina possui a certificação internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
TEXTO: ASCOM – FAEA SENAR FUNDEPEC/AM
Com informações do Ministério da Agricultura e Agência Amazonas
FOTO: Guilherme Martimon/Mapa
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