Brasília (14/06/2021) – O projeto piloto do PRAVALER iniciou as primeiras ações de mobilização e seleção dos produtores que serão beneficiados pela iniciativa e que também receberão Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) no município de Boca do Acre (AM).
A execução do projeto é resultado de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) envolvendo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) e pela prefeitura local.
A iniciativa é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Embrapa, com a parceria do Sistema Florestal Brasileiro (SFB) e da Agência de Cooperação Alemã (GIZ). O intuito é mostrar ao produtor, na prática, como alcançar a regularização ambiental prevista no Código Florestal Brasileiro e ainda obter possibilidade de retorno econômico.
Segundo o presidente da Faea, Muni Lourenço, foram realizadas reuniões de mobilização no Sindicato Rural de Boca do Acre e visitas técnicas às propriedades integrantes do projeto. Ele destaca a importância da proposta de integração da ATeG aos produtores do PRAVALER, o que irá proporcionar orientação técnica para a recuperação de vegetação da propriedade, com base nas recomendações oriundas do Projeto Biomas.
“Estamos confiantes do sucesso da iniciativa, que proporcionará suporte e apoio para que os produtores rurais resolvam seus eventuais passivos ambientais, obtendo a regularização ambiental e melhorando a renda da atividade rural”, afirmou.
De acordo com a coordenadora executiva do Projeto Biomas na CNA, Cláudia Mendes, as atividades iniciais envolveram 31 produtores que já são atendidos pelo Idam e 32 produtores que receberão ATeG do Senar.
“O maior desafio que prevíamos seria aproximar a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) realizada pelo Idam com a ATeG oferecida pelo Senar. Essa troca de informações e cooperação é fundamental para o projeto e já está acontecendo”, disse.
Entusiasmo - Conforme o coordenador do programa ATeG no Amazonas, Rodrigo Guimarães, o objetivo das mobilizações foi visitar as propriedades, apresentar as iniciativas e verificar o perfil dos produtores que participarão das ações.
“A mobilização foi um sucesso. Os produtores absorveram bem o objetivo e demonstraram entusiasmo com o início das atividades”, declarou.
O consultor da GIZ e supervisor ambiental do projeto piloto, Josimar Silva, também ressalta o envolvimento dos produtores. Ele conta que as visitas ajudaram a esclarecer dúvidas e a explicar as etapas previstas. A próxima fase será a análise detalhada das condições ambientais das propriedades para estruturação dos planos de ação e das metodologias a serem adotadas.
“Eles estão com uma esperança muito grande e as nossas perspectivas são as melhores possíveis. Ficamos impressionados com a receptividade e a vontade de eles participarem”, avaliou.
Parceiro do Senar-AM, o Idam também contribuiu no trabalho de cadastro, identificação e levantamento de dados básicos para a implementação do projeto piloto.
“Já estamos capacitando o nosso pessoal de outros escritórios de assistência técnica para que possamos dar início concomitantemente ao projeto piloto em mais regiões do estado. Queremos ajudar o produtor a se legalizar e fazer o seu ordenamento ambiental o mais rápido possível”, destacou o diretor-presidente do órgão, Valdenor Cardoso.
O projeto tem duração estimada de cinco anos. A partir da fase piloto devem sair orientações e especificações para a ampliação nos demais municípios e regiões do Brasil.
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