No Dia do Pecuarista, FAEA destaca importância, conquistas e desafios da atividade no Amazonas

No Dia do Pecuarista, FAEA destaca importância, conquistas e desafios da atividade no Amazonas

Em 15 de Julho, comemora-se o Dia do Pecuarista, produtor rural que trabalha para levar à mesa das famílias, do Brasil e do mundo, os diversos tipos de produtos da pecuária, sendo os principais a carne bovina e o leite. A Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA) homenageia todos os pecuaristas do estado e ressalta a importância dessa atividade econômica.

Muni Lourenço, presidente da FAEA e também pecuarista, avalia a performance do setor para a economia do Brasil. Segundo ele, os avanços dessa cadeia produtiva são significativos e podem ser percebidos por meio de números. "O setor primário movimenta o PIB e está na base da geração de emprego e renda. Como entidade representativa do agronegócio no Amazonas, reconheço que tivemos conquistas importantes, uma das mais recentes foi a certificação de zona livre de aftosa sem vacinação para 14 municípios. O status demonstra a responsabilidade do produtor com a atividade, a sanidade e a qualidade do alimento que chega à população", comenta.

De acordo com o Censo Agropecuário de 2017 (IBGE), o Amazonas contou com um efetivo bovino de 1,3 milhão, registrando um crescimento de 2,43% em comparação com o período anterior. Outro produto que apresentou resultado positivo da ordem de 4,92%, foi o leite, com produção de 65 milhões de litros. No segmento de aves (galinhas, galos, frangas e frangos), os dados indicam uma produção de 4,3 milhões de cabeças de aves e de ovos com mais 42 milhões de dúzias.

Com um olhar para o Brasil, dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafigo) apontam que a exportação de carne bovina (in natura e processada) em 2020 foi de 2,016 milhões de toneladas, um crescimento de 8% em relação ao ano de 2019, quando foram registradas 1,875 milhão de toneladas.

Todos esses resultados, contabilizados nas estatísticas, são possíveis por causa da dedicação e trabalho dos pecuaristas. E para representar este público, trazemos a história do produtor Ademar Marinho Hortêncio, conhecido como Ademar Mitonio, de 70 anos, que mora em Careiro da Várzea.

Relato de produtor pecuarista

O pecuarista Ademar é da terceira geração da família que investe em cria e recria de gado. Ele explica que atualmente o seu principal investimento é em gado de corte e produção de leite. “Eu prefiro trabalhar todos os dias com gado do que com o ser humano, pois os animais garantem o alimento na nossa mesa e o sustento das famílias", disse, de forma bem humorada.

Desde jovem, Ademar começou a buscar seus objetivos e sonhos, e encontrou na pecuária o sustento da família, formada por mulher, dois filhos e nove netos. Ele conta que já teve um rebanho de tamanho médio, mas atualmente, está menor e trabalha num modelo de parceria com outros produtores e trabalhadores, em que compartilha rebanho e paga percentual da produção de gado e leite.

"Eu sempre fui a favor da parceira. Me sinto bem em ajudar as pessoas. Se eu crescer, todos crescem juntos e esse modelo gera mais comprometimento, pois todos temos uma parte do negócio e do resultado", disse.

O pecuarista relata que encontrou nas entidades de classe uma forma de ser representado. Atualmente, ele é vinculado ao Sistema Faea Senar Fundepec/AM e à Associação de Produtores Pecuaristas de Autazes. "Eu vejo que nós juntos temos mais força e que, individualmente, a gente caminha com mais sacrifícios".

Desafios dos produtores com a cheia de 2021

Ter criação de gado no Amazonas tem lá os seus desafios. Devido às condições naturais, com cheia e vazante, os produtores têm de se virar como podem para administrar o negócio. Segundo Ademar, as terras de várzea são as mais férteis para pastagem, porém, ficam alagadas no período do ano. E com a maior cheia registrada nos últimos 120 anos, muitos produtores pecuaristas perderam animais ou tiveram ainda mais custos para manter a alimentação dos animais e fazer o transporte dos animais para terras livres da enchente.

O produtor explica que no regime local de criação de gado, os animais passam pelo efeito sanfona. "São 7 meses na várzea que é um solo mais fértil e o boi engorda bastante, os outros cinco meses é em terra firme, onde o gado é alimentado por ração e acaba emagrecendo".

Para ela está sendo um dos maiores desafios da profissão porque a inundação foi muito forte. "Costumo dizer que somos teimosos"

Apesar dos desafios do momento, Mitonio faz uma reflexão sobre o que representa ser pecuarista para ele. “Eu vejo que criaram uma imagem da nossa profissão de homem de dinheiro, e eu digo que não é bem assim. Essa é uma área que exige muito trabalho e dedicação”. E para ele é o melhor trabalho do mundo.

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