As exportações do agronegócio em abril bateram recorde e chegaram a US$ 13,6 bilhões, o maior valor mensal já registrado em um mês desde o início da série histórica, em 1997. Uma alta de 39% em relação ao mesmo mês de 2020, segundo análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com base em dados do Ministério da Economia. O superávit (exportações superiores às importações) do setor também foi o melhor resultado já obtido, de US$ 12,4 bilhões, enquanto os outros produtos contabilizados na balança comercial brasileira tiveram déficit (importações maiores que as exportações) de US$ 2,1 bilhões. Desta forma, com o desempenho do agronegócio, o saldo do comércio brasileiro foi positivo em US$ 103 bilhões.
A CNA informa que os 10 principais destinos das exportações brasileiras do agro responderam por mais 75% dos embarques. A China foi o principal mercado, com 48,1% do total, seguida por União Europeia (12,6%), Estados Unidos (5%), Turquia (2%), Tailândia (1,9%), Coreia do Sul (1,7%), Irã (1,7%), México (1,7%), Vietnã (1,6%) e Bangladesh (1,5%). Houve também aumento para o Irã (358,6%), México (123,2%) e Vietnã (69,3%). As vendas para a China subiram 47,6% em abril frente ao mesmo mês de 2020.
Impulsionado pelo agronegócio, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 1,2% no primeiro trimestre deste ano na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 1 de junho, pelo IBGE. O resultado, proveniente de taxas positivas na Agropecuária (5,7%), Indústria (0,7%) e Serviços (0,4%), surpreendeu o mercado financeiro. Os números confirmam que a economia brasileira avançou no início de 2021, mesmo que haja desacelerado ao nível de crescimento de 3,2% alcançado no 4º trimestre de 2020. Além do agronegócio, cujas exportações superaram 10 bilhões de dólares em abril, os seguintes setores contribuíram positivamente para o desempenho do PIB: Investimentos: 4,6%, Exportação: 3,7%, Importação: 11,6% e Construção civil: 2,1%.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 1,0%, mas, nos últimos 12 meses a retração foi de 3,8%, informa o relatório do IBGE. Os números confirmam que o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, de acordo com os dados do IBGE, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014. Outros resultados altamente favoráveis: as contas públicas apresentaram superávit recorde de R$ 24,2 bilhões em abril, o Porto de Santos registrou lucro líquido de R$202,5 milhões, o transporte ferroviário de cargas cresceu 30,1% em março, abril registrou saldo positivo de 184 mil postos de trabalho em março e 121 mil em abril, com saldo acumulado no primeiro trimestre de 837 mil empregos gerados pela economia do país.
Os Correios, por sua vez, registraram o maior lucro dos últimos 10 anos: R$ 1,53 bilhão. A movimentação portuária, outra informação de alta relevância, foi de R$ 278,6 milhões de toneladas, com crescimentos de 10,5% no primeiro trimestre do ano em curso. Segundo o IBGE, os investimentos tiveram alta de 4,6% na comparação com o 4º trimestre. A taxa de investimento avançou para 19,4% do PIB no 1º trimestre, contra 15,9% no mesmo período de 2020 e de 16,4% no consolidado de 2020. As principais influências para a alta da taxa de investimento foram "o Repetro, a alta da produção interna de bens de capital, aumento de desenvolvimento de softwares, que vem ganhando peso, além do melhor desempenho da construção civil em relação ao 4º trimestre". A taxa de poupança também aumentou, atingindo 20,6%, ante 13,4% no 1º trimestre do ano passado, informa o IBGE.
Conforme registro do Jornal Nacional, da Rede Globo, o desempenho da economia é "resultado de intenso trabalho do governo que priorizou, além do combate ao novo coronavírus, proteger empregos e garantir a dignidade dos brasileiros".
Fonte: https://portalamazonia.com/economia-na-amazonia/ag...
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