O Amazonas conquistou nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, uma vitória histórica: o status de livre de febre aftosa sem vacinação. O anúncio, aguardado há décadas pela classe produtiva rural, foi feito pelo Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao governador do Estado, Wilson Lima, durante reunião em Brasília, na qual estava presente, o presidente da FAEA, Muni Lourenço.
"O anúncio feito ao Governador pelo Ministro da Agricultura, Carlos Favaro, representa um momento histórico, um dia muito aguardado por todos nós e que abre novos horizontes para pecuária de nosso Estado", declarou, Muni Lourenço.
Atualmente, apenas 13 municípios, todos do Sul do Amazonas, estão nessa condição: Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini, Guajará, Envira, Eirunepé, Ipixuna, Itamarati e parte de Tapauá. A partir de 2025, todo o Amazonas pleiteará o mesmo status.
Ele parabenizou e agradeceu, em nome da classe patronal rural amazonense, aos esforços técnicos e investimentos ao longo de décadas do Governo Federal (MAPA/SFA) e Governo do Estado (Sepror, Adaf e Idam). "Parabéns a todos os amigos pecuaristas pela fundamental colaboração e investimentos para essa vitória", comemorou.
Muni Lourenço destacou ainda que a FAEA sempre esteve empenhada para essa grande meta, seja representando em todos os fóruns a classe agropecuária, seja sensibilizando as autoridades da relevância desse trabalho, bem como, mobilizando os pecuaristas em torno desse objetivo. "Criamos o Fundepec, importantíssimo também para essa conquista e nosso Senar colaborou muito através da promoção de ações de formação profissional rural e assistência técnica/gerencial", complementou.
Após esta etapa, o próximo passo é o reconhecimento internacional concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) que exige ações contínuas de monitoramento do trânsito de animais, estruturação de barreiras e escritórios, contratação de mão de obra qualificada e diálogo permanente com os produtores, entre outras.
Linha do tempo
2003 - instituição do Programa de Erradicação da Febre Aftosa no Estado, tendo a extinta Comissão Executiva Permanente de Defesa Agropecuária (Codesav, precursora da atual Adaf) como órgão executor das ações de Defesa Sanitária Animal e Vegetal.
2004 - o serviço veterinário oficial identificou foco da doença no município de Careiro da Várzea (a 25 quilômetros de Manaus). O Amazonas intensificou esforços para cumprir os protocolos do Mapa visando a erradicação da doença.
2008 - Tem início a “Agulha Oficial”, ação em que servidores da Defesa percorreram 12 municípios amazonenses para vacinar o rebanho de todas as propriedades rurais.
2012 - A Lei 3.801 cria a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), autarquia em regime especial com autonomia administrativa e financeira.
2013 - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) classificou, o Estado do Amazonas como RISCO MÉDIO (BR-3) para febre aftosa.
2017 - O Amazonas conquista a classificação de zona livre de febre aftosa com vacinação junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
2018 - O Estado é certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, como área livre de febre aftosa com vacinação. Resultado da soma de esforços de profissionais do Sistema Sepror, em especial da Adaf e Idam.
2021 - Treze municípios amazonenses conquistaram o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa). O reconhecimento abrange quase 70% do rebanho do Estado.
Texto: ASCOM – Faea Senar Fundepec/AM
*com informações – Portal A Crítica
Foto: Wenderson Araújo
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