A cheia dos rios começa a afetar a produção rural e o fornecimento de alguns produtos à capital. Conforme o Sindicato dos Feirantes de Manaus parte dos itens vem de outros estados e chegam ao consumidor final por preços mais elevados, por conta do frete.
Conforme o presidente do sindicato, Davi Lima, os itens que deixam de chegar às feiras de Manaus por perdas nas produções locais são: batata doce, macaxeira, maracujá, mamão, abobrinha, abóbora comum, quiabo, maxixe, couve e feijão de corda.
Lima explica que a alternativa para esse período é fazer pedidos dos produtos a outros estados. Os hortifrútis chegam a Manaus por transporte rodoviário ou aéreo e o elevado preço do combustível é repassado ao consumidor final.
“O preço dos hortifrútis sofre uma oscilação diária que chega a custar até 40% mais caro em relação ao período normal. Em algumas semanas é possível que alguns produtos sofram aumento de até 100% sobre o valor. Pagamos um frete caro e isso recai sobre o valor pago pelo consumidor final”, disse o feirante.
Cheia dos rios afeta as várzeas
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, confirma que a falta de alguns hortifrútis em Manaus é decorrente da elevação no nível das águas dos rios.
“Essa redução já é consequência da cheia, principalmente em relação às calhas dos rios Madeira, Purus e atingindo áreas de várzea de municípios da calha do Solimões”.
Reportagem: Priscila Caldas/ Portal Real Time
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