PRODUTORES DE FIBRAS NATURAIS DEFENDEM MEDIDAS DE ESTÍMULO AO CRESCIMENTO DA ATIVIDADE

Foto: UFAM

Pauta engloba linha de crédito específica, pesquisa e substituição de sacolas de plástico por produtos ambientalmente sustentáveis

Brasília (26/07/2016) – Produtores de fibras naturais defenderam, nesta terça-feira (26/07), medidas de estímulo ao crescimento da atividade, que engloba matérias-primas como juta, malva, coco, sisal e bambu, entre outros itens. Estes insumos podem ser utilizados para diversas finalidades, para fabricação de embalagem de produtos agropecuários. A pauta do setor inclui a criação de uma linha de crédito específica, além da incorporação de pesquisa e tecnologias para aumentar a produtividade.

O tema foi discutido na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília (DF). Para o presidente da Câmara e representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no colegiado, Muni Lourenço, as demandas do segmento têm o objetivo de fortalecer produtores, associações e cooperativas, diante da importância social e econômica de pequenos agricultores das regiões Norte, Nordeste e Sul, para que o setor tenha avanços concretos.

“Quando você fala em exportação de café, você também está exportando sacaria de fibras naturais. É um produto muito importante para o café, mas também para batata, cebola, porque adiciona qualidade aos produtos”, justificou Lourenço, que também é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA). Segundo ele, as propostas da cadeia foram entregues ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que apoiou os pleitos dos representantes do segmento.

Projeto piloto – O setor também vive a expectativa de um projeto piloto da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para substituição de sacos plásticos de supermercados por sacolas ambientalmente sustentáveis, produzidas a partir das fibras naturais. Para Muni Lourenço, além de aumentar a produção, estimularia a compra pelo governo para os estoques públicos. Outro tema abordado no encontro foi a regulamentação da Lei 12.484/11, que cria a Política Nacional de Incentivo ao Manejo Sustentado e ao Cultivo do Bambu.

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