“A assistência técnica do SENAR é um modelo diferente. Queremos transferir a tecnologia com avaliação econômica para dentro da propriedade. Não estamos tentando substituir a assistência técnica já existente, estamos fazendo algo novo”, afirmou o secretário executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Daniel Carrara, no segundo Encontro de Superintendentes 2016, em Brasília, que contou com a participação do presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins.
A afirmação foi feita durante a apresentação da Carta de Brasília, documento que concentra as decisões tomadas ao longo do 2º Fórum da Assistência Técnica e Gerencial do SENAR realizado em novembro, e que será norteador para as ações de ATeG em 2017. “Não ofertamos apenas assistência técnica, o produtor está recebendo conhecimento e aprendendo, por exemplo, qual tecnologia deve usar, para depois caminhar com as próprias pernas.”
No encontro, o coordenador de Assistência Técnica e Gerencial do SENAR, Matheus Ferreira, apresentou as 10 diretrizes da ATEG levantadas no 2º fórum para aprovação dos superintendentes. Otávio Celidonio, superintendente do SENAR Mato Grosso, sugeriu a inclusão de uma nova diretriz sobre compartilhamento de conhecimento entre produtores. “Os produtores que receberam ATeG do SENAR podem ensinar outros produtores com seu sucesso. A gente sabe que aprendemos mais quando ensinamos”, observa.
Outros pontos da Carta de Brasília foram destacados na reunião, como é o caso da necessidade de aproximação dos sindicatos rurais com grupos de produtores assistidos pelo SENAR. “Os Sindicatos Rurais são fundamentais na formação dos grupos de produtores que serão atendidos, mas também no monitoramento dos resultados obtidos pelos técnicos de campo. É o Sindicato que conhece as principais necessidades e é quem precisa acompanhar os avanços obtidos pela Assistência Técnica e Gerencial do SENAR”, explica Matheus Ferreira.
O superintendente do SENAR Maranhão, Luiz Figueiredo, destacou que o programa de ATeG Mais Produção, em parceria com o Governo do Estado, está fazendo esse trabalho de aproximação, principalmente com as prefeituras. “Os prefeitos estão procurando o SENAR para levar Assistência Técnica para seu município. Já na execução do Mapito, percebemos que no município que tinha sindicato rural o programa desenvolveu melhor devido à parceria.”
As 10 diretrizes da ATeG do SENAR para 2017 são 1. Enfatizar o modelo privado de assistência técnica; 2. Apresentar os resultados técnicos, e, principalmente os econômicos alcançados; 3. Garantir uma seleção adequada do produtor rural a ser assistido; 4.Ter uma equipe técnica qualificada; 5.Desenvolver o modelo de ATeG de maneira continuada e com foco em uma cadeia produtiva;6.Promover a aproximação com os sindicatos rurais; 7.Incentivar a mudança de comportamento e autoestima do produtor;8.Estimular a organização social do grupo de produtores; 9.Respeitar a individualidade na elaboração do planejamento das propriedades; e 10.Relacionar os temas das capacitações às principais demandas identificadas pelo técnico de campo.
Texto: Assessoria SENAR Nacional