Durante dois dias, presidentes de sindicatos rurais de diversos municípios do Estado, participaram de um evento especialmente dedicado a eles. O Seminário Sindical Rural, promovido pela Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), trouxe palestrantes para tratar de assuntos que podem contribuir com o desenvolvimento de suas atividades e com o fortalecimento da parceria com entidades representativas.
Além do conhecimento proporcionado pelas palestras, eles receberam a visita do presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que aproveitou a sua primeira visita a Manaus para falar diretamente com as pessoas que, para ele, são a base e o esteio da atividade produtiva rural do País.
“Tudo começa no produtor rural. Ele é a força motriz que rege essa grande atividade do setor primário. Mas, o produtor, principalmente em regiões mais isoladas como o Amazonas, precisa entender que na se consegue sem parceria, sem ajuda”, afirmou.
Para ele, o sindicato rural é o elo dessa ajuda. “O sindicato é que vai buscar parceria com governo do Estado e com instituições, mas antes precisa ser aquele elemento aglutinador, aquele que cativa o produtor rural para poder se fortalecer”, disse.
E conclamou os presidentes de sindicatos presentes no seminário a se aproximarem mais dos produtores de seus municípios para, a partir daí, promover uma integração mais firme da Federação que os representa e de todo o organismo estadual e federal, o que pode garantir a eles, o desenvolvimento e o progresso de suas atividades.
“Voltem para seus municípios, conversem com os produtores e procurem mostrar a eles que o sindicato é a casa deles, que é onde podem se lamentar, discutir projetos, aprovar ideias, porque assim como a federação, o sindicato é a casa do produtor rural”, continuou.
Fortalecimento do sistema
Na ocasião, Martins também falou sobre a importância do fortalecimento do Sistema de Aprendizagem Rural do Amazonas para aproximar o produtor rural de seus objetivos.
“Quando iniciamos nossa gestão na Confederação, verificamos que havia uma discrepância muito grande em relação à distribuição de recursos. Vimos que nove Unidades da Federação recebiam 85% dois recursos destinados à aprendizagem rural, enquanto os outros 15% tinham que ser divididos entre os 18 Estados restantes”, constatou.
Para mudar essa realidade, o presidente da CNA, precisou pensar em uma maneira em que todas as unidades do SENAR espalhadas pelo País fossem uma força motora para que os sindicatos pudessem oferecer algo a seus produtores.
“E só havia uma maneira de fazer isso: investindo em capacitação e profissionais qualificados. Assim, chegamos no programa de nivelamento, que culminou no processo seletivo, que povoou o SENAR, também no Amazonas, de mais profissionais qualificados”.
E nesse processo, segundo ele, o sindicalismo passou a ter uma motivação maior, pois pôde apresentar, em cada município, propostas de capacitação e melhorais. “Não é trabalho fácil e nem de pouco tempo, mas com certeza dentro de mais algum tempo nos vamos ter um sistema sindical no Brasil bem melhor e mais atuante do que vimos até pouco tempo”, projetou.