Expandir o cultivo do guaraná para os municípios de Manaus, Manacapuru, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva, de forma a fortalecer a cultura no Estado e possibilitar o escoamento direto para fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM), que produzem concentrados de bebidas. Esses são os principais objetivos do ‘Corredor metropolitano da cultura de guaraná’, projeto de expansão da guaranaicultura, criado pela Embrapa Amazônia Ocidental.
Para contribuir com o plano que pode gerar mais emprego e renda para famílias da zona rural, o Serviço de Aprendizagem Rural (SENAR-AM) colocou-se como parceiro da entidade, oferecerá cursos e treinamentos profissionalizantes a produtores, cooperativas e organizações de produtores que vierem a se integrar no projeto.
O anúncio foi feito pelo presidente do SENAR-AM, Muni Lourenço, nesta quinta-feira, 29, na Faculdade de Ciências Agrárias da UFAM, durante o seminário promovido pela Embrapa para debater a ideia junto aos trabalhadores rurais. “Nós estaremos ofertando cursos com profissionais bem qualificados para dar condições os trabalhadores e diminuir a necessidade de assistência técnica, no futuro”, destacou durante o evento.
Muni Lourenço informou que a grade de cursos a serem ofertados, bem como os detalhes sobre inscrições e locais de realização das aulas, ainda devem ser formatados junto com a parceira (Embrapa), mas adiantou que as capacitações devem contemplar as áreas de cultivo, agronomia e administração de propriedade rural. Quem vai demandar as necessidades são os próprios produtores.
O programa Negócio Certo Rural (NCR), realizado pelo SENAR AR-AM, em parceria com o SEBRAE-AM, e que ensina ferramentas de gestão a pequenos produtores, também terá turmas dedicadas ao projeto.
‘Entidades- irmãs’
Para a analista de transferência de tecnologia da Embrapa Amazônia Ocidental e coordenadora do projeto, Indramara Lobo, o SENAR-AM é uma entidade ‘irmã’ da Embrapa, uma vez que já formou parcerias em diversas oportunidades anteriormente. “Nesse projeto específico, o presidente do SENAR-AM, Muni Lourenço, vem nos favorecer, colocando a entidade como facilitadora do curso de capacitação que daremos no início de novembro aos produtores que se propuseram a cultivar o guaraná. Em virtude de contingenciamento de recursos, precisamos contar com parceiros para a realização de grandes sonhos como este, então essa sintonia é fundamental”, destacou.
Segundo a coordenadora, a oferta de cursos e treinamentos anunciada é uma segunda demonstração de parceria. “Como o processo de cultivo do guaraná demanda tempo para se concretizar, precisamos oferecer ao produtor, condições para que ele continue exercendo sua atividade atual enquanto aguarda os resultados. Nesse ponto, a parceria do SENAR-AM é também fundamental, uma vez que os cursos vão subsidiá-los com conhecimentos sobre administração rural e na parte agronômica. Realmente, trata-se de uma importante parceria no esforço do desenvolvimento regional”, complementou.
Guaraná –energia para a economia
A ideia de corredor, que é uma linha imaginária, é ter um fluxo terrestre, porque o fluvial nós já temos, que justamente é o do Baixo Amazonas. O Estado, no entanto, produz apenas 700 toneladas de guaraná por ano, sendo que a demanda do Polo Industrial de Manaus (PIM) é de oito mil toneladas. Atualmente, a maior parte da produção de guaraná está concentrada no Baixo Amazonas. Na região metropolitana, a cultura é desenvolvida em grande escala por uma empresa privada no município de Presidente Figueiredo. O projeto busca justamente estimular a criação de novas alternativas de produção do fruto no Estado, de forma a iniciar um processo de diminuição da diferença entre o que se precisa na indústria e o que se produz no campo.
Assessoria de Comunicação -SENAR-AM
Juliana Geraldo
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