Brasília (15/07/2016) – A cadeia produtiva brasileira da carne bovina movimenta cerca de R$ 167,5 bilhões, por ano, e gera aproximadamente 7 milhões de empregos. O setor produz 9,5 milhões de toneladas, sendo 7,6 milhões destinadas ao mercado interno e 1,8 milhão exportadas para mais de 140 países, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Nos próximos cinco anos, o Brasil pode ser o maior produtor de carne bovina do mundo, superando os Estados Unidos, que atualmente ocupam o primeiro lugar no ranking.
Diante desses dados, o Brasil tem motivos de sobra para celebrar o Dia Nacional do Pecuarista, comemorado nesta sexta (15/07). A data foi instituída pela Lei n° 11.716/2008. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e as federações de agricultura e pecuária parabenizam a todos os pecuaristas pela contribuição e empenho dedicados à produção brasileira, que se destaca no cenário econômico mundial.
COMISSÃO NACIONAL DE BOVINOCULTURA DE CORTE - A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte, da CNA, trabalha pelo desenvolvimento do setor, com vistas ao aumento da produção e à sanidade animal. A revisão do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) do Mapa está entre as ações da Comissão. Na área da competitividade, tem atuado na ampliação de áreas habilitadas para exportação de carne bovina in natura para União Europeia; também tem trabalhado na ampliação das exportações de material genético, de bovinos vivos e na elaboração de proposta de classificação de carcaças bovinas no Brasil; no projeto Campo Futuro, promove o levantamento de custos de produção da bovinocultura de corte; na promoção comercial, atua na homologação do regulamento da Cota Hilton 481 para exportação de carne para União Europeia e na área de políticas públicas para o setor, realiza ações para otimizar linhas e recursos para créditos de custeio e investimento. Para este ano, a Comissão pretende acompanhar o avanço da recaracterização dos circuitos pecuários, por meio da revisão do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa a ser estabelecida em reuniões regionais com toda a cadeia local, assim como a homologação dos estados de Rondônia, Tocantins e Distrito Federal como áreas habilitadas para a exportação de carne bovina in natura para União Europeia, além de outras ações.
Segundo o presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte, Antonio Pitangui de Salvo, “o Brasil cada vez mais se estabelece como fornecedor de alimento para o mundo e a pecuária de corte também assume importância socioeconômica cada vez maior. O país está localizado em uma área tropical favorável para a produção de alimentos, durante todo o ano, oferecendo oportunidade para o aumento da produção nacional em sistemas cada vez mais intensivos e integrados evitando assim a abertura de novas áreas de pastagem”, afirma. Todo esse avanço é demonstrado nas exportações nacionais de carne bovina que cresceram 737% em 14 anos, passando de US$ 779 milhões, em 2000, para US$ 6,4 bilhões, no ano de 2014. O Brasil é líder mundial em vendas externas do produto, com 21% do total.
PROTOCOLOS DE RASTREABILIDADE - De adesão voluntária, o protocolo de rastreabilidade é o primeiro passo para suprir um grande anseio dos produtores de gado no que diz respeito à remuneração diferenciada pela qualidade da carcaça. O objetivo é remunerar o produtor rural por meio de bonificação paga pela associação de raça ou pela própria indústria ao verificar determinadas características de carcaça que irão resultar em cortes com qualidade diferenciada para o mercado nacional ou mesmo que terão como destino mercados internacionais. Para participar de um protocolo de rastreabilidade de adesão voluntária o produtor rural deverá realizar seu cadastro no sistema de rastreabilidade da CNA (http://rastreabilidade.cnabrasil.org.br/) e selecionar o protocolo que desejar, de acordo com a possibilidade de atendimento dos requisitos estabelecidos. Ao aderir a um protocolo, o produtor rural será orientado a enviar seus animais para serem abatidos em planta frigorífica participante do programa e que possui um técnico especializado na avaliação das carcaças para classificação/desclassificação de acordo com os requisitos do protocolo. Após ter seus animais abatidos, o produtor rural receberá, além do valor da cotação do animal, a bonificação pelas carcaças classificadas no protocolo de rastreabilidade que ele aderiu. |
Com participação das Federações da Agricultura e Pecuária dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás.
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