Presidente da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA, Eduardo Ono, apresenta cenário econômico do setor, em Manaus

Com o objetivo de traçar um panorama do segmento da aquicultura no País e apontar perspectivas para atividade, o presidente da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA, Eduardo Ono, apresentou, na última terça-feira (15), na sede da FAEA, a palestra “cenário e perspectivas da aquicultura no Brasil”.

A palestra foi proferida durante o primeiro encontro de 2019 da comissão de aquicultura da federação que contou com a presença do presidente da FAEA, Muni Lourenço, do novo secretário de produção rural do Amazonas, Petrúcio Magalhães e de piscicultores e representantes do setor no Estado.

Entre os dados apresentados, Ono destacou os principais desafios para o desenvolvimento da atividade, entre eles, a falta de políticas públicas, burocracia no processo de legalização, alta carga tributária, cadeia de comercialização pouco estruturada e pouco desenvolvimento tecnológico.

A Organização setorial, ou seja, ajustar aspectos legais e organizacionais do segmento é apontado como linha de solução pelo presidente da comissão nacional. “Existem diversas ações de melhorias que já mapeamos, entre elas, a implementação de processos online e autodeclaratórios para agilizar a burocracia da legalização, pesquisas tecnológicas construídas em conjunto com o setor privado e principalmente a construção de políticas públicas estruturantes em que os governos tenham um plano de desenvolvimento para a atividade que possa ser continuado independente do gestor porque algumas ações dessas ações são de longo prazo e o processo não pode ser interrompido. É preciso haver um compromisso de Estado”, elencou.

Cenário local

Sobre o Amazonas, Ono destacou que ainda há muito a avançar. A estimativa é de que entre 65% e 70% do tambaqui, espécie de maior representatividade na comercialização local, seja importada de Estados como Rondônia e Roraima.Gargalos como infraestrutura e custos altos de produção, especialmente no preço da ração e energia elétrica, afetam a competitividade do Amazonas, segundo Ono.

“Por esse e outros motivos, o alinhamento das comissões Nacional e estaduais – incluso o Amazonas - é extremamente importante, uma vez que tudo o que está sendo discutido em nível nacional pode repercutir e ser aplicado em nível estadual. É uma troca. Problemas que o Amazonas enfrenta são similares aos de outros estados. No âmbito nacional da comissão, conseguimos promover um diálogo junto a órgãos federais e, muitas vezes, a solução de um estado serve pra todos os outros.Dessa forma, diminui-se o esforço de uma luta de um estado sozinho e se otimiza os esforços, melhorando os resultados para todos”, defendeu.

Para o presidente da FAEA, Muni Lourenço, a explanação apresentou importantes informações sobre o cenário brasileiro e mundial da aquicultura. “A análise servirá de referência para a atuação do setor privado, bem como para as políticas públicas estaduais do segmento, conforme manifestado pelo Secretário de Produção Rural do Amazonas, presente na Reunião”, resumiu Lourenço.


Texto: ASCOM – Sistema FAEA/SENAR-AM/ FUNDEPEC-AM

Jornalista responsável: Juliana Geraldo

Crédito de imagem: Divulgação/SEPROR

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