Após 60 anos de luta e 13 desde o último caso registrado da doença, o Amazonas é oficialmente considerado como zona livre de febre aftosa om vacinação. O termo de reconhecimento foi assinado nesta segunda-feira,4, pelo governo do Estado e pelo Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Blairo Maggi.
O presidente da FAEA, Muni Lourenço, que esteve presente na solenidade representando os produtores e, em especial os pecuaristas do Estado, comemorou a conquista, considerada por ele, um marco na história do setor primário do Estado.
“Este reconhecimento é um marco divisor da nossa atividade, representa novas perspectivas para pecuária do Amazonas, para a interiorização da economia, para dependermos menos da Zona Franca de Manaus e para gerarmos mais emprego e renda para os municípios do interior”, avaliou.
Valorização
De acordo com Lourenço, com a assinatura do termo de reconhecimento, o valor da arroba do boi amazonense passa a valer no mínimo 20% o que antes do status de livre de febre aftosa com vacinação. “Em outros Estados brasileiros, a arroba do boi custa em média R$ 130 e nós, antes do reconhecimento sofríamos com uma desvalorização de 20% a 30% em função do status anterior. Então esta nova fase representa igualdade de condições em relação a outros Estados e mais renda no bolso dos aproximadamente 60 mil pecuaristas do Estado do Amazonas”, detalhou.
Pleitos para o setor
Além de comemorar a conquista, o presidente da Federação, também participou de uma reunião a portas fechadas com o Ministro Blairo Maggi, com o governador do Estado, Amazonino Mendes e pecuaristas.
Na ocasião, entregou ao ministro, um documento solicitando uma solução para a comercialização, a partir do terminal graneleiro de Itacoatiara, de insumos para ração animal – casquinha de soja, casca de arroz e outros grãos -utilizada na bovinocultura e outras atividades como a piscicultura.
Blairo Maggi que integra o grupo A Maggi – que tem a atividade de escoamento de grãos do terminal entre seus empreendimentos – se comprometeu em disponibilizar um executivo da empresa para que junto ao governo do Estado e à Receita Federal, possa ser encontrada uma solução para a comercialização dos itens no Estado, atualmente utilizados apenas para a exportação.
Lourenço também solicitou ao ministro, o restabelecimento de uma cota específica para o Amazonas no leilão de milho da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e a inclusão do segmento da piscicultura no leilão do Balcão do Agronegócio da CONAB.
TEXTO: Setor de Comunicação – Sistema FAEA/SENAR-AM
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