Nesta sexta-feira, 15, na sede da FAEA, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realiza reunião do Programa Campo Futuro, coordenado em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). O objetivo é coordenar um painel de estudo para geração de informações para tomada de decisões visando a rentabilidade e a sustentabilidade da atividade de avicultura de postura (produção de ovos) no Estado.
Estarão presentes, além da equipe da CNA e da FAEA, avicultores, proprietários de lojas que comercializam insumos para a atividade, técnicos que atendem o segmento e representantes de entidades do setor primário. Juntos, eles iniciarão o levantamento de informações para identificar os custos de produção da atividade.
De acordo com o presidente da FAEA, Muni Lourenço, a escolha do Amazonas para a realização deste painel se deu pelo destaque do Estado na região Norte como produtor de ovos de galinha, permitindo que o Amazonas seja autossuficiente em sua produção em parte do ano.
De acordo com os dados mais recentes do IBGE, em 2015 foram produzidos no Amazonas 64.302 dúzias de ovos, equivalente a 771,6 mil ovos produzidos. Significa que em 2015, foram produzidos em média 2, 1 mil ovos por dia, a maioria vinda de granjas e propriedades localizadas em Manaus, seguida por Iranduba e Manacapuru.
Metodologia
A metodologia do Programa consiste na definição da propriedade típica de produção em cada região de estudo, realizados nos municípios representativos na produção agropecuária. A propriedade típica se refere à realidade mais comum da região e de um determinado produto, neste caso, o pescado. Ao final do encontro, o grupo montará uma planilha de custos de insumos e receita da faixa mais representativa da produção.
“Esse programa é fundamental, porque o produtor fica, muitas vezes, envolvido na rotina da atividade, e não dá atenção a esta etapa primordial de levantamento de custos de produção. Esse cálculo feito por meio deste trabalho, evita que o produtor rural venda o seu produto por um preço inferior aos custos de produção”, destacou Muni Lourenço, em paineis realizados anteriormente para o segmento da piscicultura.
Segundo ele, o painel inicial do programa é o primeiro passo para que os produtores envolvidos possam identificar os custos de sua produção e no futuro fazer o próprio levantamento. “O produtor precisa ter rentabilidade e saber que rentabilidade é esta”, enfatizou.
Em abril deste ano foram realizados os paineis para a atividade de piscicultura com foco no tambaqui e no matrinxã e em novembro de 2016, outra equipe do projeto Campo Futuro esteve no Amazonas, visitando os municípios de Apuí e Autazes, para consolidar dados para a cadeia de produção de leite.