O Amazonas está muito próximo de conquistar o aguardado título de Estado livre de febre aftosa com vacinação. A previsão é de que nos próximos dias, o termo de reconhecimento nacional seja assinado pelo ministro da agricultura, Blairo Maggi, na presença do governador do Amazonas, David Almeida.
Para obter o reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), previsto para 2018, o Governo deve tomar ainda algumas providências. O anúncio foi feito hoje pelo diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, na sede do Governo do Amazonas com representantes de entidades ligadas ao setor primário e parlamentares.
Segundo Marques, para que o Estado possa obter a classificação internacionalmente são necessárias a tomada de algumas medidas, elencadas durante leitura do relatório da auditoria realizada pelo Mapa no Estado. Entre elas estão a sinalização da abertura de 25 vagas para médicos veterinários, por meio de concurso público, contratação de técnicos agrícolas, aumento da frota de veículos para fiscalização no Sul do Amazonas, entre outras.
Entre os presentes na reunião, estiveram o secretário de produção rural, Sidney Lobo, o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Hamilton Casara, e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Loureço.
Ele agradeceu a conquista em nome de todos os produtores rurais do Amazonas. Segundo Lourenço são os produtores, pecuaristas e criadores os grandes interessados no status de livre de febre aftosa com vacinação.
“Os pecuaristas têm sentido no bolso a condição de médio risco, que é a forma como o rebanho é classificado no momento. Temos amargado prejuízos financeiros em função desta classificação, algo em torno de 20 a 30% de desvalorização da arroba do boi em relação ao valor praticado nos estados vizinhos. Ou seja, o reconhecimento do Estado como livre de febre aftosa com vacinação representa na prática mais renda para o bolso de 60 mil amazonenses que vivem hoje da atividade da pecuária”, esclareceu.
De acordo com ele, a representação do setor é consciente de que o Estado não pode viver mais só da atividade da Zona Franca de Manaus. “Precisamos interiorizar mais a economia do nosso Estado e esse reconhecimento que vai acontecer em breve deve abrir um horizonte muito promissor para nossa pecuária para que possamos vender genética, embriões e até animais vivos para o exterior, a exemplo do Pará, gerando emprego e divisas pro estado e País”, completou.