Brasília (12/06/2017) - A atualização dos preços mínimos para as fibras naturais - juta, sisal e malva -, sem reajuste com base nos custos de produção há cinco anos, foi discutida em reunião da última quinta (08) da Câmara Setorial de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço Silva Junior, considera fundamental "a atualização dos custos de produção das fibras naturais como forma de melhorar o poder de barganha do agricultor junto à indústria".
Muni, que também preside a Câmara Setorial e representa a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), levou a reivindicação ao Secretário-Adjunto de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Fazenda, Ivandré Silva, que prometeu dar uma solução rápida para o assunto.
Outra decisão importante da Câmara Setorial de Fibras Naturais, segundo Muni Lourenço, foi a inclusão das sementes de juta e malva no Programa de Aquisição de Alimentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O Ministro Blairo Maggi, do Mapa, encaminhou aviso ministerial ao seu colega do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, propondo a oficialização da medida.
Com a inserção das sementes de juta e malva no programa da Conab, "haverá doação de sementes aos produtores ribeirinhos da Amazônia Legal, reduzindo custos operacionais", disse o presidente da FAEA.
Um programa piloto para a substituição de sacos plásticos, utilizados no sistema de armazenagem da Conab, por unidades de fibras naturais biodegradáveis, foi sugerido pelo presidente da FAEA à Conab, no contexto da agricultura de baixo carbono, no Programa ABC.
Muni Lourenço também deverá ter audiência com o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes. Na agenda reivindicação para que a empresa realize estudos sobre novas tecnologias na produção de máquinas que fazem a retirada mecânica da fibra na planta.
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