Na terça-feira (25), a Câmara Setorial Nacional da Cadeia Produtiva de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) comemorou cinco anos de existência. O presidente do Sistema FAEA/SENAR AR-AM, Muni Lourenço, que também preside a Câmara Setorial esteve em Brasília, na sede do Ministério, para a última reunião deste ano, que foi marcada por homenagens e definição de prioridades para o segmento produtivo.
No primeiro momento, em comemoração aos cinco anos de atividades da Câmara, foram prestadas homenagens a empreendedores, lideranças e personalidades que têm sua importância pelos serviços ao desenvolvimento da cadeia produtiva de fibras naturais. Entre os doze agraciados (lista completa, no final do texto), três são amazonenses.
O empresário, Mário Guerreiro, que foi diretor da Brasil Juta e tem grande envolvimento com a atividade, foi um dos homenageados. A homenagem foi recebida por seu filho, Sebastião Guerreiro. O fundador da Companhia Têxtil do Castanhal (CTC) e do Instituto de Fibra da Amazônia (Ifibram), Oscar Borges, foi homenageado ‘in memorian’, recebida pelo sobrinho, Hélio Meirelles.
A terceira homenageada amazonense foi a presidente da Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem) – maior cooperativa de fibras do Amazonas, com 53 anos de existência – e representante da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) na Câmara Setorial Nacional.
“Foi um momento de reconhecimento e valorização dessas pessoas que tanto têm lutado pela continuidade e evolução dessa cadeia produtiva. Além disso, foram homenageados representantes de cadeias produtivas de outras fibras naturais existentes no Brasil, como o sisal, o bambu, a fibra de seda e a piaçava, também importantes para o setor”, destacou Muni Lourenço.
Pleitos prioritários
Em outro momento no encontro, o presidente da Câmara, Muni Lourenço, apresentou três pleitos prioritários do setor ao Ministro da Agricultura, Blairo Maggi. O primeiro deles foi o programa piloto de substituição do saco plástico pela sacaria biodegradável de juta e malva nos estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O segundo pleito tratou da atualização dos preços mínimos das fibras naturais através de um trabalho de campo intensivo e o terceiro pediu por mais investimentos, por parte do Governo Federal, em pesquisa e tecnologia para a cadeia produtiva de fibra.
Câmara Setorial Nacional
A Câmara setorial é um instrumento criado pelo MAPA pra reunir os diversos elos da cadeia produtiva, neste caso, das fibras naturais. Participam da câmara setorial, representantes do setor privado, do setor público, de organismos internacionais, de várias esferas do Governo, de vários Ministérios, como o Ministério da Fazenda, da Indústria e Comércio Exterior, da Agricultura, do antigo Ministério do Desenvolvimento Agrário, hoje, Secretaria de Agricultura Familiar e do SEBRAE. Também estão presentes nessa câmara, representantes de produtores de fibras naturais do Brasil inteiro, onde se destacam a produção de fibras do Amazonas – juta e malva, dando ocupação a 20 mil famílias-, a de fibra de sisal – expressiva no Nordeste, gerando renda a 120 mil famílias - e no Sudeste e Sul do país, onde há os representantes das fibras de seda, bambu e coco. Nessa câmara, são discutidas as principais demandas desses segmentos e são encaminhadas propostas para as esferas de governo.
Homenageados
Rubens Niederheitmann: Diretor-presidente do Instituto EMATER
Shigueru Taniguti Júnior: Diretor Presidente da Fiação de Seda Bratac S/A
Ivo Naves - Consultor da Câmara Setorial e analista da Conab
José Santos - Grupo João Santos
Wilson Andrade - SINDIFIBRAS
Beth Feffer - Instituto Jatobás
Misael Ferreira - Associação Baiana de Produtor de Sisal
Enaldo Boaventura - Cooperativa de Araci e do Funsisal
Eliana Medeiro do Carmo – Presidente da Coomapem
João Lúcio de Souza Coelho – Presidente da Bráspérola SA
Oscar Borges - Fundador da Companhia Têxtil do Castanhal (CTC) e do Ifibram
Mário Expedito Neves Guerreiro- Diretor da Brasil Juta