O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do amazonas (FAEA), Muni Lourenço, marcou presença durante o seminário “BR-319, um caminho para o futuro”, realizado nesta segunda-feira (17), no Studio 5 Centro de Convenções. O objetivo do evento que também contou com a presença de diversos atores ligados ao assunto – indústria, exército, governo, parlamentares, produtores rurais, entre outros – foi debater os entraves que ainda impedem a estrada, que ligaria Manaus a Porto Velho, de funcionar em sua plenitude e buscas soluções para esses problemas.
De acordo com a senadora Vanessa Grazziotin, que organizou o encontro, o impasse que já percorreu várias décadas está mais próximo do fim, mas ainda tropeça em questões ligadas ao licenciamento ambiental da obra. Segundo ela, o chamado ‘meião’ - 400 km de estrada que ficam no meio da rodovia - é o trecho mais deteriorado.
A presença de Órgãos como o IPAAM, IBAMA e Secretaria de Meio Ambiente do Estado (SEMA), de acordo com ela, é indispensável, para esclarecer dúvidas e chegar a um acordo. “Não achamos que o desenvolvimento proporcionado pela BR-319 vá ocasionar uma devastação, pois acreditamos na formatação de um modelo que permita ampla fiscalização e até mais preservação para a área, já que pensamos em um modelo de estrada-parque”.
Produção de alimentos
O presidente da FAEA, Muni Lourenço, que também é favorável ao funcionamento integral da rodovia, destacou durante o evento, a importância da BR-319, para resolver grandes entraves ligados à interiorização da economia do Estado. Entre as vantagens, ele citou a retirada do isolamento de populações que vivem nos municípios do Sul do Amazonas, principalmente.
“A estrada também promove o processo de desenvolvimento da Amazônia Ocidental como um todo e do potencial produtivo da região, fazendo até mesmo com que muitos produtos cheguem ao consumidor manauara com um preço mais acessível”, defendeu.
Lourenço disse ainda ser a favor de um diálogo saudável com os órgãos ambientais durante esse processo para se chegar a um denominador comum, sempre reiterando que não há perigo de desastre ambiental com a recuperação da estrada.