Produtores rurais se reúnem na sede da FAEA pra participar de pregão eletrônico da Marinha em Manaus

Produtores rurais do Amazonas participaram do processo de licitação lançado pelo Centro de Intendência da Marinha em Manaus. O edital foi aberto para aquisição de 502 itens, entre gêneros alimentícios e descartáveis. Desses, 80 são produzidos no Amazonas, o que gerou oportunidade para agricultores e comerciantes concorrerem. Nesta terça-feira, alguns produtores se reuniram na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA) para participar do pregão eletrônico que iniciou às 10h30 da manhã (horário de Brasília).

Na ocasião, eles contaram com a infraestrutura da Federação para enviar suas propostas, além de suporte técnico para tirar dúvidas quanto à documentação. Esta foi a primeira vez que os produtores tiveram uma estrutura adequada para enviar suas propostas. Entre os itens que puderam ser ofertados estão carne bovina, ovos, mel, queijo, frutas, verduras e hortaliças diversas.

Antes do horário do pregão, o empresário Mário Oiram Fogaça, já havia feito uma lista com 30 produtos seus que podiam ser ofertados, de acordo com o edital. Ele, que comercializa geleias, doces e temperos, além de distribuir itens descartáveis, disse que essa foi a primeira vez, em 18 anos de existência, que a empresa participou de um processo licitatório. “Estou achando essa oportunidade extraordinária. O pequeno produtor precisa saber que existem mais opções para ele comercializar seus produtos”, comemorou.

Comercialização facilitada


O presidente da Cooperativa Agropecuária do Novo Remanso (Coopanore), Marinaldo Oliveira da Silva, comentou que para produtores como ele, essa é uma oportunidade de agregar mais valor à produção. “Hoje, ainda temos uma grande dificuldade na comercialização. Estamos tirando aos poucos os atravessadores e com esses mercados que se abrem, a tendência é que isso diminua ainda mais”, destacou.

Ele lembra que a cooperativa, já produziu, só este ano, quase 400 toneladas de polpas in natura, de sabores como abacaxi, goiaba, acerola, cupuaçu e caju. O ‘carro-chefe’ é o abacaxi, também comercializado in natura (fruta) 700 toneladas de abacaxi in natura. “Essa cooperativa atende 55 produtores da localidade de Novo Remanso, por isso iniciativas como esta são importantes, tendo em vista que escoamos apenas uma parte da produção deles”, explicou.

Cultura empreendedora

Para o consultor empresarial, Miyoshi Yamashita, que reuniu os produtores na sede da FAEA e deu o suporte técnico durante o pregão eletrônico, ainda falta cultura de buscar novos mercados. “Muitos agricultores tem muitas falhas em seu processo educacional e findam achando muito complexo, processos como este, mas o mercado tem abertura para os produtos regionais. O que precisamos fortalecer é uma cultura de buscar essas oportunidades”, analisou.

Ele frisa que, para participar deste tipo de processo, no entanto, é preciso se organizar. “Como o processo é muito detalhado é preciso estar organizado, com os documentos em dias e familiarizado com o sistema de pregão. Quando esse processo estiver mais estabelecido, o agricultor amazonense terá um leque muito maior de opções que permitam a ele crescer”, projetou.

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