Na tarde dessa segunda-feira (06/06), foi realizada na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas - FAEA, a reunião da diretoria da Entidade, que reuniu autoridades de órgãos públicos atuantes na área rural, produtores e empresários rurais, além de representantes da EMBRAPA, Banco da Amazônia, OCB/AM e AFEAM, para debater e buscar medidas que possam atenuar a situação grave em que o Amazonas se encontra em relação a escassez e alta no preço do milho.
A abertura foi feita pelo presidente do Sistema FAEA/SENAR, Muni Lourenço, que iniciou sua fala destacando a preocupação dos empresários rurais, para que o Amazonas não venha sofrer o mesmo que alguns estados como Santa Catarina e Paraná vêm sofrendo, em razão do fechamento de unidades produtivas por inviabilidade do custo produtivo do milho. “O Brasil é o segundo maior exportador de milho, mas está faltando milho no mercado interno. Nós temos informação que isso está ocorrendo em razão da alta do dólar, então muitos produtores de grãos no país, estão canalizando a venda de soja e milho para outros países, para poder receber em dólar. Além disso, o preço do frete também é alto, para que esse produto chegue até o Amazonas”, disse.
Dados apresentados pela FAEA à imprensa local apontam, que setores importantes da atividade rural amazonense que dependem fortemente do milho, como insumo básico da atividade, como por exemplo, o segmento da avicultura de postura (produção de ovos), segmento da pecuária do leite, além do segmento da ovinocultura e da própria psicultura estão preocupados com os efeitos dessa alta no preço do milho, no Brasil. O Amazonas tem várias granjas no estado, gerando centenas de empregos, mas agora, essas granjas estão começando a sentir grandes dificuldades na sua viabilidade produtiva. A produção de ovos conduzida há anos por produtores japoneses, por exemplo, já sente impactos dessa alta na margem de sua rentabilidade.
Segundo dados divulgados pela Conab, os principais estados produtores de milho são Mato Grosso, com previsão de 20 milhões de toneladas para a colheita 2015/2016, seguido do Paraná com 16, milhões de toneladas e Rio Grande do Sul com 6 milhões de toneladas.