O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço Silva, tomou posse na tarde desta terça-feira, (08/03), na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, (MAPA). Em seu mandato, o presidente propõe criar agenda estratégica para a cadeia produtiva do setor, com estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias e inovação.
De acordo com Muni Lourenço, é preciso fortalecer a atuação da Câmara, como o principal fórum de debate para o estabelecimento de políticas públicas para a atividade, que tem relevância tanto do ponto de vista agropecuário quanto social. “As fibras naturais são importantíssimas para as regiões Norte e Nordeste e envolvem um grande contingente de produtores e famílias rurais”, observa o novo presidente da Câmara.
O estado do Amazonas é o maior produtor de malva e juta do país, responsáveis pela produção de sacarias para o café, o produto mais exportado do mundo. Na região, mais de 30 mil famílias vivem da produção dessas fibras naturais. "A cadeia produz de forma orgânica, é social e economicamente justa”, complementa Muni.
O presidente da FAEA revela que entre as prioridades para a cadeia estão o reajuste do preço mínimo, as questões ligadas à armazenagem e compra da sacaria e o aumento da produção para as indústrias de tecelagem. “Infelizmente ainda temos uma produção pequena que nos faz importar fibras”. Muni acrescenta que a expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) é que, em 2016, sejam produzidas 4 mil de toneladas de fibras, mas a indústria precisa de no mínimo 13 mil.
Uma das primeiras ações de Muni Lourenço, frente à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fibras Naturais, será estabelecer, no mínimo, três demandas prioritárias para apresentá-las a ministra Kátia Abreu, no próximo dia 30 de março, em encontro que inclui os demais 30 presidentes das câmaras setoriais do MAPA.
Desafio – O novo presidente da Câmara, Muni Lourenço, tem grande expectativa de promover a substituição de saco de polipropileno (plástico) por saco de fibra natural. Segundo ele, um anseio histórico dos produtores. “O mundo gira em torno dessa substituição. Países como Alemanha e Estados Unidos não aceitam mais produtos exportados ensacados com plástico. No Brasil, as cidades de São Paulo e Belo Horizonte aos poucos estão abolindo as sacolas de polipropileno por outras opções. É a chance de nossa cadeia crescer”, finaliza.
Por assessoria de Comunicação CNA