FAEA reúne com TJ-AM sobre invasões de fazendas em Boca do Acre

O crescente e preocupante problema de invasão de fazendas em Boca do Acre e Lábrea, no Sul do Amazonas, foi o tema a da audiência solicitada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, com a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), desembargadora Graça Figueiredo. O encontro, realizado na sede do TJ-AM contou com a presença do secretário de Estado da Produção Rural, Sidney Leite, do deputado estadual Adjuto Afonso, do presidente do Sindicato Rural de Boca do Acre, Ildo Gardingo, do presidente do Sindicato Rural de Apuí, Carlos Roberto Koch, e da vereadora Luciana Melo, de Boca do Acre. O presidente da FAEA, Muni Lourenço, expôs a situação de invasão de terras de fazenda em Boca do Acre e Lábrea à presidente do TJ. “É uma situação muito preocupante, que começou em junho do ano passado. A nossa posição sempre é de buscar os meios legais e evitar o confronto. Já são 15 fazendas produtivas invadidas, trazendo insegurança jurídica ao segmento pecuário. Precisamos que o Poder Judiciário seja firme em reprimir essa situação”, afirmou. Muni Lourenço também ressaltou o esforço que tem sido feito para a criação de novos polos econômicos no interior do Amazonas e que afirmou que Boca do Acre é um desses pólos que já está consolidado com o agronegócio, fornecendo carne para o mercado manauara. A desembargadora Graça Figueiredo se mostrou receptiva à solicitação do presidente da FAEA e afirmou que a Justiça está à disposição para encampar essa luta contra as invasões. A presidente do TJ-AM informou, contudo, que a comarca de Boca do Acre está atualmente sem um juiz titular, mas que tomará providências para verificar o problema. “Mas acredito que só o Judiciário não vai dar conta desse problema. Temos que engajar o Ministério Público do Estado, a Ordem dos Advogados do Brasil e até mesmo o Exército Brasileiro, já que trata-se de uma área de fronteira”, sugeriu.