CNA propõe e Câmara Setorial aprova trocar sacos de plástico por fibras vegetais na embalagem de produtos agrícolas

A substituição de sacos plásticos, utilizados amplamente no Brasil na embalagem de produtos agrícolas, por sacos de fibras vegetais, a partir da juta e da malva, foi proposta pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nesta segunda-feira (06), durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fibras Naturais, coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A Câmara Setorial aprovou a medida e vai encaminhar documento à Ministra Kátia Abreu, do MAPA, e ao presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rubens Rodrigues dos Santos, sugerindo a formalização da medida no menor espaço de tempo possível. O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço da Silva Júnior, que apresentou formalmente o projeto aos integrantes da Câmara, destaca que a adoção do novo modelo é de importância estratégica para o Estado do Amazonas. “Somos responsáveis por mais de 80% da produção nacional de fibras naturais, numa atividade que envolve 20 mil produtores agrícolas na região”, assinala. Outro ponto positivo, explica ele, é que a substituição do plástico por um produto biodegradável significa proteger o meio ambiente. Trata-se, segundo ele, de contribuição decisiva para reduzir a poluição dos rios. Foi acolhida, ainda, a sugestão da CNA e da FAEA para que a Conab, na Amazônia, substitua as embalagens de plástico pelas de fibra natural nos armazéns da Companhia que estocam grãos. Preço mínimo - Duas outras propostas foram apresentadas pela CNA e a FAEA durante a reunião. Uma delas é o reajuste do preço mínimo para a juta e a malva, hoje de R$ 1,96, valor congelado desde 2013. A câmara também aprovou a proposta e o assunto será encaminhado aos ministros integrantes do Conselho Monetário Nacional (CMN), para análise. Lembra o presidente da FAEA que o preço mínimo é importante instrumento nas negociações entre os produtores e a indústria no processo de compra e venda de fibras naturais. Um terceiro ponto, com reflexo a médio e longo prazo, diz respeito ao objetivo da CNA de encontrar novas alternativas para o uso da fibra natural, além dos produtos agrícolas. O assunto, também discutido na reunião da Câmara Setorial, é relevante porque favorece os objetivos estratégicos de proteger o meio ambiente, além da questão econômica. Dentre as novas opções para o uso das fibras naturais está, por exemplo, a indústria automobilística onde o produto “poderia ser utilizado no revestimento dos painéis de automóveis e no acolchoamento dos bancos”, lembra Muni. Mudança gradual - A Conab utiliza milhões de sacos plásticos, oriundos da indústria petrolífera, para a embalagem de produtos agrícolas. A ideia é mudar isso, gradualmente, começando pela região Norte. Atualmente, a embalagem que utiliza como matéria matéria-prima a fibra natural, está restrita a três produtos: café, batata e cebola. A Câmara Setorial aprovou, por fim, a inclusão das sementes de juta e malva como integrantes do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), de responsabilidade do Governo Federal e executado pela CONAB, beneficiando a agricultura familiar.
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