FAEA sedia reunião da Câmara Setorial de Fibras Naturais
Na manhã de quarta-feira (11), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), ocorreu a primeira Reunião Ordinária da Sub-Câmara de Fibras Naturais. O evento promovido pela Secretaria Executiva das Câmaras Setoriais (Seplan-AM) teve como objetivo discutir e propor medidas e alternativas que fortaleçam à cadeia produtiva de fibras naturais do Estado do Amazonas.
Para o presidente da FAEA, Muni Lourenço, "A produção de malva e juta tem grande relevância para nosso Estado, afinal de contas somos os maiores produtores dessas fibras, sendo que essa cadeia produtiva envolve aproximadamente vinte mil pessoas no Amazonas. Assim diante dessa importância social e econômica desse segmento rural precisamos debater e encontrar soluções para determinados entraves a atividade".
Dentre os problemas destacados, a previsão de disponibilidade de sementes de malva para safra de 2015 e o acesso dos produtores; subvenção governamental, endividamento dos produtores, a falta de recursos para absorver a safra 2014?2015; pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias; compra de sacaria para estoques públicos e armazenagem.
“A produção de fibras precisa de análise, desde sua representatividade às famílias, associações e cooperativas até os riscos a salubridade dos produtores”, destacou o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Edimar Vizolli.
Já a presidente da cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem), Eliana Medeiro, “è necessário no organizar e focarmos no plantio das fibras, alinharmos parceria om o Pará para que continuem fornecendo sementes. Devido a nossa produção ter despencado, o Pará também enfraqueceu na produção de sementes, assim como nossos juticultores, encontram-se desmotivados para produzir fibras, outros estão migrando para produzir outras culturas. A situação é grave, eles vêm considerando as sementes como pragas. Tenho minha família que lida com o plantio de fibras, e não gostaria de vê-los trabalhando em todo ciclo.
Segundo o representante do setor de produção vegetal do Idam, Zacarias Gondin, “a inabilidade do poder público de prover soluções efetivas para o problema causado pela dependência das sementes do Pará é uma questão política, há 12 anos que nos reunimos e discutimos e ainda não conseguimos conseguir nenhuma solução”, disse.
A reunião contou com a presença de lideranças da Superintendência Federal do MAPA no Amazonas (SFA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária da Amazônia Ocidental (Embrapa), Delegacia Regional do Ministério do Desenvolvimeto Agrário (MDA), Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (Sepror), Agência de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas (ADS), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), Agência de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM), o Sistema OCB/Sescoop-AM, cooperativas e empresas ligadas ao setor e a Universidade Federal do Amazonas (Faculdade de Ciências Agrárias). Além desses, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AM), a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), o Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado do Amazonas (CEDRS-AM) e a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM) (Comissão de Agricultura) também enviaram representantes.