FAEA exige agilidade no processo de recuperação da BR-319

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, sugeriu, nesta quarta-feira (02), durante Audiência Pública na Assembléia Legislativa do Amazonas (ALEAM), que o Ministério Público Federal (MPF) exigisse maior celeridade por parte dos governos federal e estadual no cumprimento das condicionantes ambientais que hoje travam a recuperação da BR-319, que ligaria Manaus ao resto do Brasil, via Porto Velho. A audiência, promovida pelas Comissões de Meio Ambiente e de Transporte da ALEAM, contou com a participação de diversas entidades, como FIEAM, INCRA, OCB, ICMBio e INPA. Na opinião de Muni Lourenço, a rodovia é fundamental para a integração nacional e a promoção de novas oportunidades para milhares de famílias que residem às margens da BR. ´´A BR-319 é importantíssima para a integração do Amazonas ao Brasil, para o escoamento de nossa produção e para que novas alternativas sejam oferecidas para os amazonenses do interior, evitando o êxodo rural e promovendo qualidade de vida, além de garantir o direito constitucional de ir vir do cidadão. Nossa expectativa é de que logo se encerre esta novela´´, afirmou. A proposta da FAEA foi aceita pela mesa diretiva da audiência, presidida pelo deputado estadual Luís Castro, que, por sua vez, garantiu o envio de recomendações expressas ao MPF para que cobre do Ibama e SDS, que agilizem o processo de licenciamento ambiental da rodovia. ´´É uma pena que nem Ibama nem SDS tenham enviado seus representantes para contribuir com este esforço conjunto, uma vez que são os principais responsáveis pela implementação das unidades de conservação às margens da BR. Nossa comissão trará à tona esse tema junto aos candidatos, tanto a nível estadual quanto federal, que devem visitar a ALEAM nos próximos dias, pois a BR-319 é uma vontade de todos´´, enfatizou Luís Castro. Questão ambiental A obra tem sofrido, há anos, grande resistência por parte de ambientalistas e pesquisadores, que indicam que a região sofre sério risco de tornar-se alvo do desmatamento desordenado, promovido pelo grande fluxo causado pela estrada. Segundo Muni, esta visão catastrófica do futuro do trecho está completamente equivocado. ´´Nós não podemos ficar reféns das previsões pessimistas que servem de entrave para que o desenvolvimento chegue para milhares de famílias amazonenses. Nós pretendemos trabalhar com um modelo de produção de alimentos de forma sustentável´´, garantiu Muni. Importância Geopolítica Atualmente, um trecho de aproximadamente 400 quilômetros, localizado bem ao centro da rodovia, encontra-se intrafegável, tornando o trecho vulnerável para a ocupação de grileiros e pelo crime organizado. Esta rodovia possui uma relevância geopolítica altíssima. Precisamos da ocupação dessa região, promovendo eixos de locomoção e impedindo que estas áreas livres sejam ocupadas pelo narcotráfico, por exemplo´´, afirmou Lourenço. Texto e Fotos: Marcello de Paulo
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