Produtores rurais de Apuí vão auxiliar para diminuir o desmatamento ilegal na região

A Prefeitura de Apuí e a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS) firmaram um pacto/acordo para diminuir o desmatamento ilegal no município.“Contamos com os produtores rurais, os ambientalistas,bem como com a sociedade em geral de Apuí, para diminuir as taxas de desmatamento”, disse a secretária Kamila Botelho.O evento aconteceu no dia 30 de abril e repercute até hoje na comunidade local, que está mobilizada para reverter o desmatamento ilegal. “É nosso interesse reverter o desmatamento ilegal e vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance, para acabar com esta prática em nosso município”, afirmou o prefeito Adimilson Nogueira. Segundo o Inpe, e por meio dos seus sistemas de medição de áreas desmatadas: Prodes (2001 a 2012) e Deter (2013) Apuí registrou 84,4 quilômetros quadrados de desmatamento ilegal no ano passado. A continuar o ritmo de destruição da cobertura vegetal local, o município poderá entrar na lista negra do Ministério do Meio Ambiente, o que complicaria a liberação de financiamentos para a região, prejudicando o seu desenvolvimento regional. O presidente da FAEA, Muni Lourenço, que esteve no evento da assinatura do Pacto de Redução do Desmatamento Ilegal e Desenvolvimento Rural Sustentável do Município de Apuí, disse que somente uma ação conjunta com os produtores rurais, que, historicamente, têm sido vítimas das políticas ambientais do governo federal, poderá reverter o atual cenário. “Não se pode culpar pelo desmatamento quem produz alimentos para a sociedade. Regulação fundiária com papeis definitivos de posse da terra é fundamental para dar legitimidade a quem está por direito na região produzindo dignamente”, destacou Muni Lourenço. Na mesma direção, o presidente do Sindisul, Carlos Koch, defende que não se culpe os produtores rurais locais pela ampliação do desmatamento. “Tem muita gente de fora que vem para cá e desmata. Isso tem nos prejudicado muito”, comentou. O procurador da República Rafael da Silva Rocha, representante do Ministério Público Federal, esteve na reunião e se mostrou interessado em conhecer mais profundamente a realidade ambiental e dos produtores rurais de Apuí. “Vim como convidado da secretária Kamila e, porque acredito que é através do diálogo e conhecendo a realidade regional, que vamos agir na melhor direção”, destacou. O presidente da ADS, Miberwal Jucá,disse “que os produtores de móveis da região têm trabalhado com madeira legal, o que tem permitido que eles continuem fornecendo móveis para a Secretaria de Educação, dentro do programa promovido pela ADS”. A superintendente do Incra, Maria do Socorro,destacou que a posse definitiva da terra nos assentamento federais locais, dentre eles o do Juma, através de quatro módulos (400 hectares), está sendo avaliada pelo governo federal; e que o Incra tem trabalhado com os produtores rurais nos assentamentos para aque todos tenham o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Representantes de organizações não governametais como WWF Brasil e Idesam, também estiveram presentes; bem como membros do Iteam, Idam, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apuí, vereadores, entre outras autoridades. Reportagem e foto: Antonio Ximenes
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