NOTA OFICIAL
A Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas - FAEA, legítima representante da classe patronal agropecuária amazonense, vem por meio desta defender o direito à vida no campo, aqui em nosso Estado e também na floresta. Somos contra a violência e defendemos o direito dos produtores rurais e de todo e qualquer cidadão à vida.
Não aceitamos que a FUNAI se omita neste caso específico da Reserva Indígena Tenharim, onde existem fortes suspeitas de que membros dessa etnia teriam atentado contra a vida de três pessoas inocentes.
Acreditamos na Justiça. Acreditamos nas autoridades constituídas e nas instituições, por isso exigimos medidas urgentes e concretas na região para encontrar essas pessoas desaparecidas, que fazem falta, sobremaneira, às suas famílias. O Amazonas, assim como outras Unidades da Federação, não aceita a impunidade no campo/floresta.
Precisamos que a Polícia Federal, bem como outras forças de segurança entrem imediatamente na Reserva para averiguar o que de fato está acontecendo nessa área, onde suspeita-se que possam estar os desaparecidos.
Historicamente, o povo do Sul do Amazonas tem sofrido com diversas ações punitivas, mas nunca se negou a respeitar às Leis, agora queremos Justiça, porque não aceitamos a ausência de informações precisas das pessoas que foram retiradas do convívio de suas famílias.
Outra questão que não aceitamos é a cobrança absurda e inadmissível de pedágio ilegal em um trecho da Transamazônica, na área da Reserva Indígena, que tem afrontado, humilhado e provocado insegurança às pessoas que trafegam nesse trecho da Rodovia, em flagrante ato inconstitucional contrário ao direito de ir e vir dos brasileiros.
A revolta do povo na região é grande e tememos um conflito generalizado, razão pela qual defendemos a presença efetiva do Estado brasileiro, tanto na Reserva Indígena, como nos municípios da Transamazônica, hoje em estado de choque pelos últimos acontecimentos.
Manaus, 28 de dezembro de 2013.
Muni Lourenço Silva Júnior
- Presidente da FAEA -