Federação da Agricultura e CNA participam do painel ‘A Amazônia e o Programa Nacional de Fertilizantes’, durante a jornada de seminários da Feira Internacional da Amazônia

A região de Autazes no Amazonas conta com uma das maiores reservas de potássio já encontradas em todo o mundo; o mineral é um dos ingredientes do fertilizante agrícola (NPK) muito utilizado no setor primário. Estudos na região já estão sendo realizados pela empresa Potássio do Brasil, que já investiu cerca de R$ 150 milhões em pesquisas. Hoje o agronegócio do país importa cerca de 94% do que consome. O assunto foi debatido nesta sexta-feira (29/11) durante o seminário: “Reservas Minerais e de Óleo e Gás Natural na Amazônia Ocidental”, no Studio 5 Centro de Convenções, durante a jornada de seminários da sétima Feira Internacional da Amazônia (VII FIAM). O Objetivo do seminário foi apresentar uma visão geral dos principais arranjos produtivos de base mineral e de óleo e gás na Amazônia Ocidental, considerados os aspectos de inovação tecnológica, logística, do desenvolvimento de novos clusters industriais, gás químico e de fertilizantes e do uso do gás natural pelas indústrias do Pólo Industrial de Manaus (PIM). O painel ‘A Amazônia e o Programa Nacional de Fertilizantes’, teve como relator o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço e como palestrante o mestre em direito e assessor da presidência da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Reginaldo Minaré. Ambos defenderam que o alto grau de importação é preocupante e que é fundamental o Brasil buscar a autossuficiência na produção de fertilizantes. Após apresentar um panorama, como logística e tributação, o novo marco regulatório, produção agrícola e o uso de fertilizantes, Reginaldo Minaré, indagou os participantes sobre a posição do Estado, também deixou algumas sugestões, entre elas, que se criasse um grupo representativo para enfrentar os desafios e se posicionar nas decisões sobre o tema. Na avaliação do presidente da FAEA, Muni Lourenço, o tema foi muito oportuno, permitindo uma reflexão do assunto. “A viabilização da exploração do potássio e de outros minérios da região para nós é uma condição estratégica de segurança para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, que é o setor que representa 36% dos empregos formais e 40% das exportações do Brasil. Já temos a confirmação da empresa Potássio do Brasil que está perfurando a jazida de potássio localizada em Autazes, da existência da reserva mineral e da viabilidade técnica e ambiental de sua exploração, iniciando a produção e comercialização no ano de 2018. Com isso teremos a autossuficiência e não ficaremos mais reféns da importação de potássio do Canadá, Rússia, Israel e Bielo-Russia". O deputado estadual Sinésio Campos, presente durante o seminário falou da audiência pública realizada em setembro onde foram mobilizados senadores para uma proposta de criação de uma Frente Parlamentar no Congresso Nacional para tratar sobre a exploração comercial das reservas de Silvinita do Amazonas. Foi anunciado por Muni Lourenço que a Senadora Kátia Abreu, Presidente da CNA formalizou esta semana sua adesão à Frente Parlamentar de Apoio a Exploração do Potássio, criada recentemente no Congresso Nacional. VII FIAM A Feira Internacional da Amazônia (VII FIAM), é um evento realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) por meio da SUFRAMA. Acontece em Manaus até o dia 30 de novembro, no Studio 5 Centro de Convenções. Entre a programação estão seminários, exposições de empresas multinacionais e regionais, stand de países vizinhos, palestras, conhecimentos e serviços da Amazônia brasileira, fortalecendo a divulgação do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) e atraindo investimentos para a região. A entrada é gratuita. Diárcara Ribeiro Assessora de Comunicação Sistema FAEA-SENAR
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