Melhoramento genético é tema de palestra para pecuaristas na FAEA

Pecuaristas e dirigentes participaram nesta sexta-feira (11 de outubro) da palestra sobre "Melhoramento genético das raças Girolando/Gir Leiteiro", ministrada pelo criador, médico veterinário, especialista em melhoramento genético, Thiago Ferreira. O Seminário foi realizado no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA). A palestra que se estendeu durante toda manhã prendeu a atenção dos participantes que interagiam e mostravam interesse em receber novas informações. O técnico de Leite da Alta Genetics e proprietário da Fazenda Morada Corinthiana que é referência nacional em gado Girolando, deu algumas dicas durante sua apresentação entre as elas as vantagens de se fazer o melhoramento, como: controle de doenças, cruzamento de raças, padronização do rebanho, touros provados e pressão de seleção. Foco – essa foi à palavra chave da apresentação. “Melhoramento genético não existe sem foco. O produtor precisa ter planejamento para saber aonde quer chegar”, disse o especialista. O presidente da FAEA, Muni Lourenço, declarou que nos últimos anos tem havido incentivo tanto para o aumento do rebanho de forma sustentável, como também para o melhoramento genético, exemplo desse potencial, é o Sul do Amazonas, como também propriedades que fazem parte do Programa Balde Cheio, no município de Autazes. “Nosso rebanho está próximo de atingir a classificação de médio risco. Outra novidade vai ser ainda este ano o lançamento da Plataforma PGA. Pontos fundamentais para o setor pecuário e ganho para toda a população”. Uma das necessidades dos pecuaristas é o registro genealógico dos animais, para isso foi feito um abaixo assinado entre os produtores com o apoio da FAEA, para que se forme um grupo de interessados a fim de trazer o responsável pelo registro tornando os custos menores. No meio dos pecuaristas uma mulher se destacou; produtora do município de Autazes, Celia de Lira, que já faz melhoramento genético com touros, fez questão de participar da palestra. “Na minha avaliação foi excelente, porque foi repassada muita informação que vai nos ajudar em tomadas de decisões futuras, para o cruzamento de raças e melhoramento genético no rebanho”, disse. Acadêmico em Medicina Veterinária, Vitor Amorim, disse que deseja seguir profissão trabalhando com grandes animais. “Essa foi uma palestra muito enriquecedora, principalmente para quem quer estar no mercado. Hoje nós já temos um laticínio, ou seja, temos necessidade de mão de obra qualificada. Essas informações do técnico para nós foram muito importantes”. Entre os temas que foram abordados: Girolando/Gir leiteiro, a matriz para produção de leite no Amazonas; Formação da raça, como ela deve ser conduzida para melhorar a quantidade de leite produzida; Morfologia e grau de sangue do Girolando para que possam ser aproveitadas em nossa região; Inseminação artificial como também sobre aquisição de matrizes. Durante a palestra realizada na FAEA, o dirigente da Associação dos Pecuaristas do Amazonas, Roberto Neves, fez uma avaliação da qualidade do rebanho em torno da capital, Manaus. “O melhoramento genético no rebanho está parado por falta de politicas públicas de incentivo a pecuária na região metropolitana”. Dados Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estatísticas (IBGE) nesta semana sobre o rebanho bovino, mostra que, cresceu na década em média 6,2% ao ano. Em 2011 aumentou 5,8% em relação a 2010. E em 2012 houve uma desaceleração do crescimento, com aumento de apenas 0,4%. O rebanho bubalino (búfalos), na década, cresceu em média 8,1% ao ano tendo havido também uma desaceleração no crescimento em 2012, com acréscimo de apenas 1,5%. O rebanho suíno por sua vez tem apresentado tendência de diminuição durante toda a década com intensificação em 2012. Os rebanhos caprino e ovino que vinham apresentando bom desempenho, com crescimento acima de 15% em 2011, também desaceleraram o crescimento em 2012 para 5,2 e 3,7% respectivamente. Calcário mais barato Entre as novidades apresentadas, o presidente da FAEA, Muni Lourenço, informou aos participantes que já chegou em Manaus quatro mil toneladas de calcário dolomítico utilizado na agricultura. O calcário extraído do Jatapu será vendido ao preço de R$ 145 a tonelada. “Essa foi mais uma conquista do setor, e faz parte do programa Amazonas Rural. Essa já era uma noticia bem aguardada, e o preço será comercializado bem abaixo dos R$ 455 pagos hoje”. Diárcara Ribeiro Assessora de Comunicação Sistema FAEA-SENAR
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