FAEA e Sindicato Rural de Boca do Acre denunciam em Audiência Pública as péssimas condições de tráfego na BR 317

A pedido da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA) juntamente com o Sindicato Rural de Boca do Acre, foi realizada uma Audiência Pública para debater a precariedade e falta de pavimentação da Rodovia BR 317 que liga o estado do Acre ao município de Boca do Acre. A sessão foi realizada pelo requerimento do deputado estadual Marco Antônio Chico Preto (PSD/AM) da Comissão de Gestão e Serviços Públicos da Assembléia Legislativa do Estado (ALEAM). “Para nós é uma situação muito complicada, apesar que estamos no período do verão, já estamos próximos de chegar ao inverno o que tornará os três trechos praticamente intransitável, os mesmos se encontram dentro de áreas indígenas. Para nós população e produtores rurais do município de Boca do Acre ficamos no prejuízo. Já tivemos várias reuniões acreditamos que está na hora de resolver a situação”, relatou o presidente do Sindicato Rural de Boca do Acre, Ildo Gardingo. O município possui o maior rebanho do Amazonas com 365 mil cabeças de gado e uma área livre de aftosa com vacinação, os prejuízos alegados pelos participantes é incalculável. “Os caminhões atolam com alimentos perecíveis, já ouve acidentes com morte, o que prejudica a economia como um todo”, disse Gardingo. A obra para Rodovia BR 317 foi iniciada em 2009 a partir de um convênio entre o Governo Federal por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) com o Governo do Amazonas através da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra). Mas a obra não foi concluída o Tribunal de Contas da União alegou irregularidades, entre elas: obra licitada sem licença prévia e licença de Instalação; Ausência de Licença Ambiental. Presente no evento a engenheira do DNIT presente na Audiência, Arlene Campos, prestou esclarecimentos do andamento das obras. “Já temos uma empresa que está fazendo os levantamentos da obra para que possamos concluir os trabalhos”, segundo a engenheira a conclusão é para 2016. Para o presidente da FAEA, Muni Lourenço, é preciso maior empenho para que se conclua a obra. “Aquela região tem experimentado nos últimos anos um desenvolvimento significativo, principalmente na pecuária que é motivo de orgulho para todos nós. Temos um matadouro frigorífico inclusive com os recursos do Governo do Estado, empreendimento muito importante. Hoje aquela região abastece o mercado consumidor de Manaus; segundo estimativas da FAEA, acreditamos que o Amazonas importe ainda no mínimo 75% da carne que a população consome. Então isso faz com que nós tenhamos uma dependência de carne muito grande de outras regiões, o que encarece o custo da alimentação da nossa população, inclusive recursos que deveriam estar circulando na economia do interior do Estado. É preciso uma rodovia que ofereça segurança e condições de tráfego principalmente na época de chuvas as pessoas que lá residem e dependem dessa via”. Dos 110 km da Rodovia, 62 km já foram feitos segundo o engenheiro da SEINFRA, Roberto Reis. Presente na Audiência o deputado estadual Adjunto Afonso, declarou que vai acionar a bancada federal do Amazonas, em Brasília, para pressionar o Dnit para dar agilidade ao processo. Os dirigentes dos 14 Sindicatos Rurais filiados a FAEA também participaram como forma de apoio.
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